Manifesto

Isto n são propriamente horas de se postar mas não resisto a, antes de começar a trabalhar, contar um pequeno episódio que aconteceu há escassos minutos. E não, o título deste post n é influenciado pelas próximas eleições na Rússia :)

A caminho de Eiras há ali uma pastelaria que abre as portas um bocadito antes das 7h e que tem assim umas coisas muito agradáveis à vista e ao gosto, cenas tipo (!) folhados mistos, pão acabadinho de sair do forno e pães de Deus assim muito bons. Não é todos os dias mas de vez em quando passso por lá para comer alguma coisita.

Hoje cheguei e estava uma senhora (cliente) ao balcão a tentar saber se tinham o jornal de ontem porque queria saber "alguns pormenores" sobre aquela senhora que faleceu nas Urgências dos HUC, na sequência de alegadas agressões (isto de se ter sido estudante de Comunicação Social faz com que, por tudo e por nada, utilizemos esta expressão: alegada/o, alegadamente, etc). Bem, é claro que a senhora tem todo o direito de tentar saber esses pormenores e de perguntar pelo jornal mas haverá necessidade de entoar para quem quisesse ouvir: "Eu estive lá", "Aquilo deu-se quando eu estava lá dentro", "nhô, nhô, nhô". É óbvio que a situação é invulgar e, a ter acontecido como é descrito nos noticiários, realmente é uma coisa terceiro-mundista mas quer dizer, toda a gente agora percebe das cenas e sabe exactamente o que aconteceu naquela (fatídica) sala de espera...

Não havia necessidade.