terça-feira, 20 de setembro de 2016

domingo, 18 de setembro de 2016

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

O sino da minha vila

O sino da minha vila toca por diversos motivos.
A passagem do tempo (a cada 15 minutos), a entrada das missas (e julgo que saída também, já não sei bem porque deixei de frequentar), os casamentos, os funerais. Julgo que é só nesta base.

Já escrevi aqui que o ritual cristão dos funerais (e apesar de não conhecer aprofundadamente muitos outros) é algo medonho para mim. É uma aura que se entranha e que fica, que entristece, que magoa até. Julgo que deverá ser assim para a maioria, senão para todas as pessoas. Quando se trata de familiares, a "coisa" é ainda mais pesada. Se se trata de gente nova, tanto pior; se é gente mais velha, talvez a aceitação seja mais "pacífica", mas não menos triste.

Por estas bandas, quando se inicia um funeral (sendo que a capela onde os corpos ficam em câmara ardente - um dos elementos medonhos de que falo acima - é basicamente frente a frente com a igreja onde se realiza a missa), o sino toca a repique, outro dos tais elementos medonhos). E volta a tocar do mesmo modo quando termina a missa e quando se inicia o breve cortejo até à morada final.

O sino toca também em sinal de "aviso" de que alguém morreu. Uns segundos de som repetidos três vezes, no caso de ter sido homem, ou duas se, tiver sido mulher.

Esse sinal de aviso aconteceu há instantes, quando vinha a subir, de regresso ao trabalho. Foi alguém da família, homem, velhote. Já tinha tido conhecimento ontem. Não tinha proximidade máxima como ele, o meu tio Chico. Não era meu tio de sangue, tornou-se pelo casamento. Mas lembro desde sempre de acompanhar as visitas que o meu pai lhe fazia frequentemente. Antes e depois da mulher falecer. Sempre o vi de um lado para o outro, rijo que nem um pêro. E (muito) sofrido por dentro. Não sei se morreu feliz. Um AVC e uma cama de hospital não devem fazer ninguém feliz...Mas tenho a certeza absoluta de que foi felicidade a que encontrou na recta final de vida, junto de uma nova companheira.

Viu dois filhos emigrados (um entretanto, já regressado de terras de Vera Cruz) e outro - o que permaneceu por cá - sofrer um acidente gravíssimo acidente rodoviário na juventude, que lhe deixou - ao filho - sequelas físicas para o resto da vida. E psicológicas, em ambos.

Viu a esposa falecer há uns anos. E lembro-me muito bem da maneira como se agarrou ao caixão na hora da partida. Um gesto emotivo e que lhe saiu assim, sem pensar, directamente do coração. Lembro-me várias vezes desse momento e tenho a certeza de ter testemunhado a prova mais dura, e ao mesmo tempo mais verdadeira, do que é amar alguém.

Uns anos depois viu morrer o filho de que falei acima, com as várias sequelas agravadas, inclusivamente pela amputação de um dos membros inferiores.

Amanhã de manhã será a vez dele descansar, em paz, acima destes seus dois parentes, aqueles por quem sempre foi sofrendo e vivendo.

Quando vinha a subir a pé, há instantes, ao ouvir o sino, vislumbrei em câmara acelerada uma existência da qual só conheço pequenas partes e só posso sentir e ter um respeito imenso por mais esta vida que se apagou.

Há uns tempos, cruzava-me com ele frequentemente na rua. Fiz sempre questão de lhe apertar a mão e sentámo-nos algumas vezes a tomar um café. Numa das vezes que nos cruzámos, eu tinha no bolso uns quantos fofinhos rebuçados do Dr . Bayard. Tirei um do bolso e perguntei se queria algum. Ele aceitou com agrado e recordou que quando conduzia aquilo era "o meu tabaco". Tenho a certeza de que lhe trouxe uma pequena alegria com aquele pequeno gesto de partilha.

A vida é assim, dúbia. Com esta mistura de tristezas e alegrias, que temos de ir sabendo contrabalançar, sob pena de vivermos todos tristes como a noite. Hoje e amanhã julgo que penderei para este lado mais sombrio. Mas depois passará. Adeus tio Chico.

Sade

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Marco Fellini



Com ingredientes quase na íntegra caseiros
Se pode fazer uma rústica pizza
Que de quase todas as coisas no mundo
É das melhores que no estômago fica!

- Duas bolas de massa (quanto mais pequeno for o local comercial onde se adquire, tanto melhor!);
- (substituir polpa tradicional de compra por) pequeno refogado com tomate e "ciboila", bem picadinhos;
- Um pimento verde cortadinho às tiras e acabado de colher do quintal;
- Azeitonas qb (caseiras), só algumas para dar o toque, há que estimar o fígado...;
- Um ovo fresquinho bem no meio (e seguro com um pequeno muro de tiras de pimento AHAHAH);
- Salmão fumado (ulálá);
- Queijo ralado (se for possível ralar na hora, tanto melhor);
- Orégãos (sem ser do pacote, do campo mesmo!);
- acompanhamento líquido e físico a gosto :)

Resultado?! MUITÍSSIMO BOM

P. S.: Se passarmos a tarde toda a pensar neste (simples) projecto culinário, a degustação é 1.000 melhor!!!

terça-feira, 13 de setembro de 2016

A cor certa


Gosto TANTO desta imagem, que captei recentemente em trabalho. É uma fotografia simples que, não tendo muitas cores no seu espectro, tem-nas na proporção certa para lhe dar beleza. Não sei explicar, mas gosto MESMO. Apesar de o mês ainda ir na primeira metade, e de ainda ir contabilizar mais cliques, já é a minha eleita, neste fecho de terceiro trimestre.

P. S.: E o que eu esperei para ficar só com esta observadora na imagem! É que havia uma segunda que, sem desprimor, não queria incluir (só porque não estava no sítio certo) e que insistia em cirandar no meu enquadramento!

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Coisas giraças que se nos aparecem nas páginas (boas) do FB


Manuela de Freitas/Michael Austin
Quando eu for grande quero ser
Um bichinho pequenino
P´ra me poder aquecer
Na mão de qualquer menino
Quando eu for grande quero ser
Mais pequeno que uma noz
P´ra tudo o que eu sou caber
Na mão de qualquer de vós
Quando eu for grande quero ser
Uma laje de granito
Tudo em mim se pode erguer
Quando me pisam não grito
Quando eu for grande quero ser
Uma pedra do asfalto
O que lá estou a fazer
Só se nota quando falto
Quando eu for grande quero ser
Ponte de uma a outra margem
Para unir sem escolher
E servir só de passagem
Quando eu for grande quero ser
Como o rio dessa ponte
Nunca parar de correr
Sem nunca esquecer a fonte
Quando eu for grande quero ter
O tamanho que não tenho
P´ra nunca deixar de ser
Do meu exacto tamanho

NOTA: O poema com música e cantado por José Mário Branco e o Coro dos Gambozinos: https://www.youtube.com/watch?v=PhmI2Vl4AiY

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Jóia








Tudo perfeito, tudo calmo, tudo bom. Travancinha rocks :)
Amanhã, regresso à base. Pode ser que o Natal traga mais disto.

domingo, 4 de setembro de 2016

When We Were Young



A Adele não me puxa, nunca puxou. Mas ouvi, há instantes, esta música cantada noutra voz.

Bela letra e grande som!

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Fds XXL

Preparativos muito tranquilos para um fim-de-semana que se apresenta em tamanho XXL.
Um novo paraíso português para descobrir, a relativa pouca distância, pela ferrovia e mais um poucochinho por estrada.
A temperatura diz que vai subir, tanque de água confere também.
Tem tudo para correr (muito) bem!