terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A espera


Apreciadora (por bendita culpa da minha doce avó Marquitas) de ditados que sou, sempre me questionei sobre a seguinte dualidade: "Quem espera sempre alcança" e "Quem espera desespera". Porque é que existem dois ditados tão díspares sobre uma mesma coisa: a espera?

Pois a espera pessoal que, por estes dias, me inunda de esperança tinha uma data específica de regozijo: 14 de Março. Mas a coisa ainda se irá estender por mais uns quantos (looonnnngoooosssss) dias, ou melhor - vamos chamar as coisas pelos nomes -, semanas... Desenhei, então, um novo "quadro" para tentar não desesperar, enquanto espero pela realidade acima alcançar. Rima e é verdade!

Fecho este post, citando Ruy de Carvalho e aquela tão bonita crónica histórica da RR: "bom dia ouvintes". Que é como quem diz, na primeira pessoa: Boa noite, (eventuais) leitores, tipo de cenas :)

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

epifania



Ontem, no arrumar desarumado dos meus aposentos, dei-me com um papel com alguns rascunhos feitos já não sei onde, nem quando. Um desenho rudimentar aqui, umas palavras soltas acolá. Devo ter feito aquilo em alguma reunião andebolística ou em algum outro lugar/ momento. Não estou certa. Mas, ao cimo da folha A4 estava uma frase sublinhada. Não sei dizer se é da minha autoria ou se a ouvi algures (tenho o hábito recorrente de anotar coisas que me chegam aos ouvidos ou ao pensamento e que não quero mesmo que me saiam da memória). O que é certo é que é uma frase... poderosa. Aplicável ao livro que um dia gostava de ter capacidade para escrever, à curta-metragem que adorava montar, à peça de teatro que queria pôr no papel: "O dia em que não houve ontem".

Gostava de ter 2/3 dias sem obrigação de espécie alguma, com uma varanda virada para o mar ou para a serra e com um pc à frente (mas sem ligação à "Intermet")

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

@ TSF


On air, next Feb 28th!!!
"A Playlist de..." Rita Pires :)

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Qual é o sentido da vida, afinal?


Pensar sobre o sentido que deve ser dado à vida faz parte da vida de cada um. Mas pode, é e deve ser objeto da arte. Miguel Gonçalves Mendes, realizador, filmou o sentido da vida a esmorecer de Giovane de Sena Brisotto, um rapaz brasileiro que tinha paramiloidose, essa doença crónica, progressiva e fatal que dá uma esperança média de vida a rondar os 10 anos.

Trailer aqui.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Mia Couto



–Cozinhar não é serviço, meu neto – disse ela. – Cozinhar é um modo de amar os outros.

Do conto ‘A avó, a cidade e osemáforo’, em “O Fio das Missangas”. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Wired


INSIDE THE TWO YEARS THAT SHOOK FACEBOOK—AND THE WORLD

Read here.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Playlist

Já aqui tinha feito este exercício, algures num post cuja data não me recordo, mas hoje fi-lo para (me habilitar a) participar num programa radiofónico. De umas anotações avulsas, saiu uma lista x. E depois foi "difícil" ir tirando uma aqui outra acolá, para chegar às 10 pretendidas. A lista inicial e final está aqui. Se houver desenvolvimentos e "passagem à fase seguinte", darei devida nota bloguística.

Enigma - Return To Innocence
Guns N' Roses - November Rain
Lena d'Água - Sempre que o amor me quiser
Sam Cooke - Wonderful World
Vítor Ramil - Deixando o Pago
António Pinho Vargas - Tom Waits
Eurythmics - There Must Be An Angel (Playing With My Heart) 
Johnny Nash - I Can See Clearly Now
Vitorino - Ó rama, ó que linda rama
Rodrigo Leão - Alma Mater
Norah Jones-The Long Way Home
Enya - Only Time
The Cranberries - Dreams
The Smashing Pumpkins - Tonight, Tonight
Rão Kyao - Bombaím
Fafá de Belém - Coração Do Agreste
Miguel Ângelo - Só Eu Te Posso Ajudar

domingo, 11 de fevereiro de 2018

Três Cartazes à Beira da Estrada



Até 2/3 estava a gostar bastante, mas confesso que não estava à espera do final. Boas tiradas, mas não me conseguiu surpreender.

Quanto à música, a conversa é outra. Costumo reparar ao de leve mas, desta vez, reparei em todas e, quando tiver mais tempo, hei-de explorar melhor a banda sonora: muito boa mesmo.

Com um pró e um contra, ainda assim, valeu a matiné, que já não sucedia há tanto tempo.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

5 de 8


A adição destes dias. Faltam 3 para completar a temporada. Dios mio :)

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Roterdão, Setembro 2014



Gosto muito desta fotó. E lembro-me do exacto parque onde a tirei. Ali algures havia um baloiço gigante preso numa árvore, igualmente gigante. Roterdão foi a 2ª cidade holandesa onde aparquei, antes ou depois de Copenhaga (para me certificar tenho de vasculhar nos arquivos, a memória às vezes já vai "atraiçoando"). Quando penso nas viagens que fiz, nos primeiros segundos, a pergunta interior é sempre a mesma: como "fui capaz"? Sozinha, com a minha Gertrudes (nome porque trato a minha mega mochilona de aventuras ferroviárias). Começou em Paris,Londres e Gasglow, aos 30, depois Amesterdão, Roterdão e Copenhaga, aos 32, e logo a seguir, aos 33, vieram Milão e Viena (depois de um andebolístico Teramo e Roma, em conjunto). Bem, mas depois dessa pergunta inicial, o pensamento continua: nada de estranho, cada um é como cada qual. Cada um se orienta como pode/ consegue/ quer. É enorme o orgulho quando recordo estas três aventuras, toda a planificação anterior, o caminho de ida, o caminho de vota, sem atalhos. E é lá também, nessas recordações tão queridas e tão pessoais, que vou buscar energia, quando mais preciso. Ou então só um sorriso, como é agora o caso.

Fora de portas, não sei se virão mais viagens destas. Tenho alguns esboços dispersos no desktop. É deixar o tempo correr. O tempo costuma tratar de tudo muito bem.

**

P. S.: Vou querer recuperar mais fotós de viagens.

U go, girl

A esta altura do campeonato, é impossível não sonhar :)







terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Maria da Encarnação Freire Nogueira


Fez ontem 16 anos que nos deixaste, avó. Dezasseis...

E o tempo faz destas coisas: faz com que a lembrança te vá deixando cada vez mais lá atrás e com que já nem me consiga lembrar do som da tua voz; mas faz também com que, cá dentro do coração, a tua inspiradora e humilde maneira de ser me dê características das quais me orgulho.

Acho que o bem mais precioso que me deixaste foi a resiliência, palavra tão na moda hoje em dia, mas que em tempos antigos sentiste bem na pele: aguentar (aparentemente) firme o que a vida te reservou. E não foram coisas boas. Mas soubeste fazer delas algo inspirador.

Continuo a beber "o teu" café Mokambo (a lareira matinal domingueira é tão feliz), "o teu" chá, a repetir "os teus" ditados. A fritar "as tuas" batatas às rodelas, ao lume. A explorar o crochet que me ensinaste e que tantas vezes de vi fazer, malha após malha (sem entender na altura que, talvez mais do que um gosto, "aquilo" era o teu escape). A chorar-te de quando em vez. E a lembrar-me assiduamente de ti.

Ontem, à beira de casa, olhei para a tua (que já não é verde e vermelha fosca). E voltei a ver-me a ir pelo carreirito abaixo, com a roupa dentro de sacos de plástico para passar as férias contigo. Continuo a ver-me, com idade pequenina, em cima do banco, a ajudar-te a lavar a loiça. A lembrar o colorau que não faltava dentro do teu armário. A sentir o sabor do caldo de bacalhau com arroz e batatas às rodelas. Sabes que é umas das minhas comidas preferidas? Mas em vez da batata, o ovo escalfado não pode faltar. E a lembrar do quentinho dos teus lençóis de flanela. E do calor da tua alma.

Lembras-te do teu relógio azul, ao qual davas corda todos os dias, como se te enchesse de fé interior? Está embrulhadinho e tão pertinho de ter vida novamente! Tão perto.

Estás, e vais continuar a estar, sempre comigo.

Obrigada pelo ninho que foste para mim. Parte de mim és tu.

**

"Há 100 anos, João Pina de Morais, um jovem oficial do corpo expedicionário português, lutava nas trincheiras da Flandres. Entre abril de 1917 e junho de 1918, em plena 1ª Guerra Mundial, o jovem Tenente escreveu um diário em forma de cartas a Lídia da Assunção Monteiro, com quem viria a casar cinco anos mais tarde." Escutar aqui