sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

All Of The Stars


Aquele(s) telefonema(s). Daquele destinatário. É impossível ficar indiferente. É impossível não reviver todas as emoções vividas. E todo o turbilhão de emoções imaginadas. Impossível. É impossível não levantar voo nos dias que se seguem. É impossível não pensar milhentas vezes: "Porque é que não deu certo? Porque é que 'não há' mais ninguém parecido cuja vida se cruze com a minha? Porque é que estas emoções não ficam onde devem ficar: Lá dentro, num lugar quentinho, de onde não devem sair? Porquê?" Agora resta sonhar mais uns bocadinhos, tentar manter alguma concentração laboral e... esperar que passe. Sabendo de antemão que tal não vai acontecer.

Vens comigo, ou levas-me contigo, ver os aviões? Prometo que não te toco. Aliás, não te posso tocar. Ficava só ali, a embriagar-me de ti. Pronto, podias dar-me a mão? Mais nada. Caminhar descalços na areia da praia? Ver um pôr-do-Sol? Neste tempo de Natal, fala-se de solidariedade, material. Seria uma espécie de solidariedade emocional. Existe, não existe? Era só emprestares-me um bocado de ti, para juntar à outra parte que não consigo fazer desaparecer e que vai renascendo, de tempos a tempos. Vem à tona. E depois imerge outra e outra vez. Eu devolvia. Juro.


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