sexta-feira, 10 de março de 2017

Aspirino-terapia


Gosto TANTO de textos bem escritos. Com cabeça, tronco e membros. E conteúdo. Daqueles que se espremem e tem vitamina! Daqueles que nos arrancam sorrisos enquanto deslizam sob os nossos olhos, famintos de normalidade, tão anormalmente escassa pelos dias/ écrans que correm. Sem calinadas, sem erros de ortografia, sem sentidos parolos. Textos bons, ponto. Excerto abaixo e na íntegra aqui.

"(...) O eixo central da narrativa consiste na exposição de uma única mulher matricial clonada por três identidades que correspondem a três idades, e a três modos, do ser mulher. E que mulher é essa? Em registo desvairadamente redutor, aquela que na adolescência se adapta ao desejo masculino, mesmo que não goste de metade das experiências sexuais. Que ao entrar na idade adulta se torna conhecedora do seu corpo e dos direitos políticos que tal anatomia e fisiologia lhe concedem. E que na maturidade atinge a liberdade possível, individualista, simbolizada no cliché do voo de rosto descoberto na imensidão das alturas. (...)"

P. S.: Já não vou ao cinema há tanto tempo.

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