sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Uma espécie de TPC

De quando em vez, tenho uma enorme vontade de voltar aos bancos dos estudos superiores e pensar/ conversar/ discutir sobre este mundo louco e sobre o trabalho dos media. Sobre as distorções, sobre o vazio, sobre o entulho das redes sociais, enfim. À falta desse "voltar", ficam uns pequenos "destrava-mentes". Eu, cá, escolho a segunda opção (coisa que me surpreendeu, de certo modo, pois se estivesse entre as opções do comando de televisão, não seria o meu canal eleito). O contexto, que TANTA falta faz nos dias que correm, está aqui.

SIC, 13.16: «A PSP matou uma mulher por engano durante a madrugada passada em Lisboa. A polícia confundiu o carro da vítima com uma viatura em que fugiam os assaltantes de um multibanco. Este desfecho trágico aconteceu na Segunda Circular.»

TVI, 13.18: «Uma mulher foi morta esta manhã durante uma perseguição policial em Lisboa, numa operação destinada a capturar elementos de um gangue que de madrugada tinha assaltado um multibanco em Almada. A vítima mortal não estava relacionada com o crime cometido na Margem Sul do Tejo.»


RTP, 13.19: «Uma mulher morreu esta madrugada, em Lisboa, depois de baleada pela polícia. Seguia num carro que não parou numa operação policial que os agentes da PSP tinham montado para deter os assaltantes de um multibanco. Sabe-se agora que a mulher que morreu não tinha nada a ver com o assalto.»


1 comentário:

Anónimo disse...

Estas são questões que devemos fazer mais vezes a nós próprios, julgo. Desde logo enquanto consumidores de informação.
Tenciono fazer mais "testes" destes. Que antes de serem para os leitores, no fundo, são para mim próprio.

Pedro Correia

P. S. - Rita, gostaria que me enviasse o seu e-mail. Pode deixá-lo numa caixa de comentários do Delito. Não será publicado, obviamente.