sexta-feira, 1 de junho de 2012

(Big) Brothers & (Younger) Sisters


Esta manhã, a propósito do Dia Mundial da Criança, fui acompanhar parte de uma prova desportiva (um corta-mato) em que participaram meninos e meninas do 1º Ciclo do Ensino Básico.

No meu trabalho, a observação directa (através dos meus olhos) e indirecta (através da câmera de filmar e fotográfica) é algo sempre presente. De modo que não raras vezes tenho uma atenção raio-X, digamos assim, perante as coisas (e não é só quando estou a trabalhar!!).

A certa altura, vi uma miúda que conheço mas que não interessa fazer essa referência. Ia correndo, lá lutando, como as outras, com as dificuldades da prova/da corrida/do calor. E a outra altura vejo o irmão mais velho dela, a correr do lado de fora da pista, indo ao encontro dela e incentivando-a. Também havia dezenas de outros miúdos a fazer o mesmo, quer sejam somente amigos ou outros pares de irmãos. Mas observei particularmente estes, porque os conheço e porque fiz uma associação à minha própria vida.

Era capaz de jurar que me chegaram ténues lágrimas aos olhos (tal como agora), ao lembrar-me que há muitos anos eu também era assim. Também tive irmãos que "corriam" assim lado a lado, que puxavam por mim na bancada quando eu marquei aquele livre no Futsal, que jogavam ténis comigo em frente à nossa casa e que, eu sei, se orgulhavam desta minha maneira desportiva e boa onda de ser e de agir.

Sei que agora, apesar de não nos darmos, continuam a sentir esse orgulho. Tal como eu sinto deles. Esta aparente incongruência é que reveste toda a estupidez da coisa. Daquilo que podíamos ter sido, que podíamos ser e que não somos.

Cada um com a sua realidade.. Fica aqui o registo desta recordação que, apesar de magoar pelo desenvolvimento que tem no presente e pelo medo que me dá para o futuro, consegue ser doce quando recordado o passado.

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