quarta-feira, 24 de julho de 2013

Delicate



Hoje só me apetece dizer impropérios, gritar palavras obscenas, se for possível com altifalante. No cimo de uma montanha talvez. A que propósito? Sobre esta coisa da ausência. Ausência de emoções, ausência de calor, ausência de conhecer gente diferente, ausência de gente que nos estime. E que o  diga e demonstre claramente, sem medos. Ausência de uma vida normal, sei lá. Ausência de tudo. Como sou educada, vou só pensar nessas palavras feias e escrevê-las camufladas assim: %&%$/(()&/&&%&%%&()()JVFHGVH%$%&U)=(()(§€{[[}[}]}[

ADENDA: Nem a propósito. Depois de escrever as palavras acima, encontro as palavras abaixo:
 
solidão

não creio como eles crêem,
não vivo como eles vivem,
não amo como eles amam.
...

morrerei
como eles morrem.

Marguerite Yourcenar

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