sábado, 5 de janeiro de 2008

Lisboa - Dakar

A novidade não é de hoje mas, este ano, não vai mesmo haver Dakar. Ainda cheguei a conjecturar (tchiii) ir ver os maquinões (mas não a Lx porque isso é para os queques, queria mesmo ir vê-los em acção. Então se fosse em solo africano, isso é que era o degredo total!!)

Na minha opinião acho que isto não devia ter acontecido. Não deviam ter cancelado e a prova devia seguir em frente, sem medos de espécie alguma.

Lembro-me de começar a ouvir nas notícias sobre a morte dos cidadãos franceses em vésperas de Natal, lá para a Mauritânia, e de se começar a falar sobre essa possibilidade mas eu pensei: "esta cena acontece todos os anos, fala-se sempre disto mas não acredito que vá acontecer". Mas a verdade é que aconteceu mesmo.

Tudo bem que se compreende que não queiram descredibilizar a prova, caso acontecesse mesmo alguma coisa, que queiram proteger todas as pessoas envolvidas, directa e indirectamente, neste evento e evitar males maiores. blá blá blá saquetas whiskas blá blá blá

Mas esta prova é tão muito mais do que o dinheiro que tem atrás (que não deve ser nada pouco...), dos patrocínios, da logística, do árduo trabalho que envolve.

É o desafio de chegar ao Lago Rosa. É a força mental e física dos pilotos, com espírito de sacrifício e, mesmo, de sobrevivência, em situações mais adversas. É o som das motos, carros e camiões. É o H e a máquina, numa irmandade constante. São as pequenas grandes acções de solidariedade que o Dakar também leva todos os anos aos países africanos. Mas é sobretudo a paixão pelo desporto e pelas coisas boas que ele dá e ensina.

É por isto e por muito mais que espero, sinceramente, que para o ano o Dakar regresse com todo o seu vigor. E que não seja apagado por essas nuvens negras que em 2008 o feriram.

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