domingo, 13 de setembro de 2015

Agarrar


É imprescindível que nos agarremos a algo. Seja mais ou menos frequentemente, de modo esporádico ou regular, fiel ou pontualmente. Mesmo que a escolha recaia sobre a mais simples das coisas, o mais vulgar objecto. Mesmo que aos olhos de outrém, não tenha significado algum. Caso contrário, corremos o risco de cair no mais fundo dos poços, numa existência sem significado, numa estrada escura, com princípio, mas sem fim algum. É imprescindível.

"Considero a vida humana como uma noite profunda e triste, que não se suportaria, se, num ponto ou noutro, não rutilassem repentinos clarões, de uma luminosidade tão consoladora e maravilhosa, que seus segundos podem apagar e justificar anos de escuridão."
Hermann Hesse

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