sexta-feira, 28 de abril de 2017

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Ouvide e vede :)

Crónicas de viagem







Na ausência de filhos, levam-se os pais a passear. E em mais um Domingo de esquivanço à visita pascal, o destino voltou a ser o Alentejo.

Nota sempre positiva para as estradas secundárias e para as estradas rurais alentejanas! Só passando por lá se vê o horizonte sem fim, um ou outro pastor, rebanhos, etc. Muito bom, mesmo.

Notas menos positivas para Nisa e Castelo de Vide.
Nisa, por termos tido o azar de apanhar um oco programa de televisão em directo, com estridente e asneirento pessoal técnico. A feirinha que por lá havia, só por si, chegava. Pena termos comido moelas em prato de plástico, com pão sem sabor. E pena o lanche ter sido adquirido, horas mais tarde, ali mesmo, numa superfície comercial... O queijinho teria sido tãããooo melhor. Pode ser que calhe melhor sorte numa outra romagem.
Castelo de Vide, agradável sim, mas nota pouco positiva para o estado de conservação do castelo. Parque de estacionamento pouco esclarecedor (o primeiro que aparece no caminho é longe da entrada e os desconhecidos só se apercebem desse facto depois de puxarem o travão de mão...). O castelo tem nota negativa, basicamente. Algumas paredes repletas de gatafunhos adolescentes, uma parte de um dos jardins com bastante lixo, no caso, fragmentos de foguetes. Enfim, não fiquei com vontade de voltar, confesso.
Até que surge Marvão, ah Marvão. Nota 10! Um castelo gigante e com muito para palmilhar, sempre a subir ou a descer. Com bilhete de entrada na parte mais central, coisa que permite uma maior/ melhor conservação :) Umas pequenas lojinhas de souvenirs, uma delas um pequeno atelier de costura, conduzido pelo que me pareceu uma senhora alemã, ou lá para esses lados. Espaço amoroso :) Muitos espanhóis. O local fica a cerca de 5 Km da fronteira. Tem uma pousada, ruas e ruelas, sossego. Muito engraçado. Antes de subir à parte do castelo propriamente dito, já não houve tempo de espreitar o que acho que era uma espécie de miradouro e outra coisa qualquer que não processei muito bem. Mas não dava para tudo.
Em 2018, conto traçar semelhante destino. Uma pequena tradição começada há 3 anos, com interregno forçado no ano passado, mas que conto prosseguir. É da praxe!

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Tu


Se te pedisse vinhas comigo? Eu sei que já tens alguém ao teu lado e que tens o teu futuro emocional gizado. Mas quando a tua vida se cruzou com a minha lixaste-me. Porque pensei que estava a gizar o meu.

Pensei que o anel que pus hoje no dedo podia significar uma ligação física e emocional a alguém. Mas (ainda) não tem esse simbolismo. Será que algum dia terá? Não um simbolismo para os outros, somente para mim e para ti.

Em Julho, prevejo os habituais 15 dias de pseudo-descanso. Pseudo porque há um bocadinho de trabalho que vai atrás (mas eu não me importo). É o meu "entretém". Será um destino duplo, como dupla sou eu também (não somos todos, um bocadinho?). Tenho de ser, não poderia suceder de outro modo. Para bem da sanidade mental. Costumo ir de comboio, mas este ano talvez vá de carro (aposto que me vou perder/ enganar mais do que uma vez! Se viesses comigo isso não sucederia. Mas, a bem da verdade, era isso mesmo que eu queria: perder-me. Contigo.).

Neste momento, tenho a liberdade física e material exacta de que preciso. E como as prezo e as agradeço todos os dias. Mas faltas-me. Foste o único que quis verdadeiramente. E é os único que continuo a querer. O que é isto? É amor? É estupidez? É um sentimento platónico do que poderia ter sido? Talvez nunca chegue a saber.

Nos últimos tempos, tenho adoptado uma estratégia diferente, imaginar as coisas menos boas que tens: o teu pior palavrão, o teu pior dia de humor, etc. Assim, em vez de ficar, nostalgicamente, a pensar no que "perdi", tento pensar no que ganhei. Uma mera e egoísta estratégia, na verdade, mas que resulta nos escassos minutos em que tem de resultar.

Voltando ao carro. Vou fazer uma mala como se fosse de comboio. E comprar alguma comida. São duas casas. Vou poder fazer o almoço à hora que me apetecer, não a rondar as 12h30, como acontece aqui, para evitar discussões ou presenças familiares desconfortáveis. Ou não almoçar de todo. Primeiro, 8 dias a Sul, depois mais 8 a Norte.

Às vezes penso na idiotice que pode ser fazer férias a solo. Mas rapidamente afasto essa linha de pensamento. Os sós também têm direito, verdade?! São duas reservas para uma pessoa, onde cabem duas. E onde, no plano dos sonhos, também estarás.

Se te dissesse onde vou ficar, ias ter comigo? Largavas a tua realidade por um ou dois dias e ias? Eu não contava a ninguém. Eras só tu e eu. Com o único pretexto de me fazeres feliz. Porque tu voltavas e tinhas alguém à tua espera. Eu voltarei e continuarei a não (querer) ter. Só te queria a ti. Agora e como há 10 anos quis.

Não soube mostrar a paz que tenho cá dentro, nem o meu coração apertadinho, mas gigante e limpo. O Mundo, as pessoas,  as vivências fazem-nos assim. Nem sempre iguais àquilo que gostaríamos de ser ou de parecer. Umas vezes ganhamos, outras perdemos. Eu perdi-te. E continuo perdida sem (por) ti.

Se me aproximar...



... será que vais fugir?

quarta-feira, 19 de abril de 2017

que grande pinta!

Saudades de Porto Covo









Nos últimos dias, tenho tido saudades desta paz.
Ainda em busca de um reduto parecido, este ano.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

31 da Armada

“De vez em quando, acontece uma pequena coisa que nos lembra quem somos.
Um tipo nasce um calhau, depois vai sendo esculpido e depois levam-no a passear, põem-no em exposição, tiram-lhe fotografias, penduram-lhe coisas ao pescoço, dão-lhe o suposto mundo, e, às tantas, uma pessoa já não sabe se é a pedra original, a estátua – por mais bruta ou primária – nela esculpida, ou tudo quanto lhe puseram em cima. É a diferença entre o excesso que se tirou e o supérfluo acrescentado.
Às vezes, esquecemo-nos, mas o que somos é o que está ali no meio.
Como tivemos a sorte de viver até ver o dia de hoje – e, tudo correndo bem, também o de amanhã – foi-nos pedido em contrapartida que tivéssemos bastante mais elasticidade do que aqueles que nos precederam. Viajaríamos mais, veríamos mais, leríamos mais, ouviríamos mais, provaríamos mais, conheceríamos mais – também tínhamos de compreender mais. (…)


Mais um post dos bons, completo aqui J

quarta-feira, 12 de abril de 2017

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Andebol, o 9º estágio




















O cansaço inerente a uma actividade ininterrupta de cerca de 48 horas fica para trás diante da satisfação de uma das actividades mais bonitas da época, para mim, no meu querido andebol. É reconfortante pensar que os mais pequenos não se irão esquecer, tão cedo, destes dias de convívio saudável, de prática desportiva, onde a televisão e os computadores não estiveram presentes e os telemóveis se reduziram à faixa adolescente (e pouco). Apesar das faixas etárias não serem muito díspares, é bonito ver, ano após ano, a entreajuda que acontece, de uma forma natural e saudável, entre todos. Os mais novos olham para os mais velhos com admiração por aquilo que virão a ser um dia. E os mais velhos recordam o que já foram. Todos, em conjunto, caminharam, nadaram, jogaram andebol (claro), saltaram, dormiram, conversaram, desenharam, comeram, brincaram, arrumaram e limparam (a tralha deles!), cozinharam (pizzas e pão). Aprenderam eles e aprendemos nós. Foi o nono. Espero que haja outros tantos e mais ainda.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

(mais) inspirações





Se não fossem as inspirações, o que seria de nós?!

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Ainda as coisas simples, agora explicadas em canção



"All I have is all I need, and all I need is here now"

A beleza das coisas simples




Estranho ou esquisito diante dos olhos de algumas existências mais eléctricas. Não é um momento único, é a soma de pequenas magias. As tais invisíveis aos olhos, mas "nuas e cruas" nos corações (de alguns). Não é ser melhor do que os outros, mas sentirmo-nos bem como somos, com as nossas realidades. As coisas simples são as que nos ficam positivamente gravadas. Uma só não chega, é um somatório de bem-estar. É, talvez, a esperança que esperamos nunca nos abandonar, de podermos sempre aspirar a boas vibrações, por mais vibrações menos positivas que possamos encontrar e que andam sempre à espreita, ao virar de qualquer esquina.