segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Alice Ruiz

Em caso de dor ponha gelo
Mude o corte de cabelo
Mude como modelo
Vá ao cinema dê um sorriso
Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo
Se amargo foi já ter sido...

Troque já esse vestido
Troque o padrão do tecido
Saia do sério deixe os critérios
Siga todos os sentidos
Faça fazer sentido
A cada mil lágrimas sai um milagre

Caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa coma somente a cereja
Jogue para cima faça cena
Cante as rimas de um poema
Sofra penas viva apenas
Sendo só fissura ou loucura
Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura
Faça uma novena reze um terço
Caia fora do contexto invente seu endereço
A cada mil lágrimas sai um milagre

Mas se apesar de banal
Chorar for inevitável
Sinta o gosto do sal do sal do sal
Sinta o gosto do sal
Gota a gota, uma a uma
Duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre
A cada mil lágrimas sai um milagre.
 

sábado, 28 de setembro de 2013

Foi há um ano








 
Há um ano já estava a iniciar o percurso de volta a Portugal, numa viagem que me fez andar em dezenas de comboios, ao longo de dezenas de milhares de Km.
Uma viagem que significou muito para mim e que jamais irei esquecer.
Um plano que foi sendo delineado aos poucos, nos tempos mortos, e que foi cumprida à risca.
O lema foi "Ir. E voltar. Bem". E assim foi.
Vi paisagens de cortar a respiração, de tão bonitas. Vi gente e mais gente. Enverguei com orgulho a minha mochila com os símbolos do meu país e da minha terra. Cresci por dentro. Muito. Confiei em mim. Ri. E chorei também. Por vezes, tive pena de estar ali entregue a mim, tão longe de casa. Calcorreei caminhos, algumas vezes receosa por dentro, mas sempre convicta de que a aventura, custeada a 100% pelo meu trabalho e esforço diários, só podia ser brilhante e fazer uma espécie de milagre.
Nunca pus a opção de ir com companhia. Nunca tentei arranjar companhia. Aconteceu assim. Já escrevi aqui que revejo bastantes vezes as centenas de imagens que recolhi durante esses 15 dias desafiantes. Especialmente quando estou mais triste/ em baixo/ desanimada, elas dão uma força incrível. Julgo que também já escrevi (se não escrevi pensei diversas vezes) que esta foi talvez a "coisa" mais incrível que realizei nestes meus 31 anos e meio de vida. Espero continuar a estar à altura de realizar projectos semelhantes. Este ano, estive próximo de voltar a fazê-lo, mas acabou por não acontecer. Contudo, a vontade persiste.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

É Outono


Gosto das meias estações. Não do 8 nem do 80, de algo ali no meio. Gosto de andar em mangas de camisa e de vestir um casaquinho ao início da manhã ou ao final do dia. E adoro estes dias de Outono (estou em crer que ainda vêm aí uns dias de Verão, mas de qualquer modo, a estação já mudou mesmo). Este cheiro de terra molhada. Esta vontade de comer castanhas assadas, de ficar à lareira. de beber um chá, por uma caneca que se segura com as duas mãos (!). De ouvir a chuva na rua e estar confortavelmente recostada ou deitada a ver um filme ou sem fazer nada de jeito. E.  uma vontade enorme de fazer tricot, de fazer peças ultracoloridas. Mas que depois acaba por não se concretizar...

Uma das coisas de que gosto menos por esta altura é a mudança da hora e os dias serem visivelmente mais pequenos. Sair de casa para trabalhar quando ainda é de noite e ser já outra vez de noite quando se regressa :/ Ah e quando chega o frio, mas aquele frio mesmo gelado? De ter de ficar não sei quanto tempo a tirar gelo do carro e a "bufar" para as mãos para ver se aquecem BBRrrrrrrrrr

Mas essa parte é mais para a frente. Por agora, o tempo está muito bem assim mesmo :)

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Palavras CHEIAS

O meu mundo tem estado à tua espera; mas
não há flores nas jarras, nem velas sobre a mesa,
nem retratos escondidos no fundo das gavetas. Sei
que um poema se ...
escreveria entre nós dois; mas
não comprei o vinho, não mudei os lençóis,
não perfumei o decote do vestido.
Se ouço falar de ti, comove-me o teu nome
(mas nem pensar em suspirá-lo ao teu ouvido);
se me dizem que vens, o corpo é uma fogueira –
estalam-me brasas no peito, desvairadas, e respiro
com a violência de um incêndio; mas parto
antes de saber como seria. Não me perguntes
porque se mata o sol na lâmina dos dias
e o meu mundo continua à tua espera:
houve sempre coisas de esguelha nas paisagens
e amores imperfeitos – Deus tem as mãos grandes


  Maria do Rosário Pedreira

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Hindi Zahra - Stand Up (+playlist)



Descobertas boas, para dissolver as más...

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Os demónios voltam a andar à solta

Em anexo, mais uma pergunta retórica:

"Quando eu morrer, quem chorará por mim?"

Se Me Falas Assim



PORQUÊ?

Garanto que esta pergunta retórica nada tem a ver com o Colégio Militar.
Tem a ver comigo, sempre eu, sempre este eterno karma de pessoa emocionalmente anormal.
Agora é sentir na língua um bocadinho de sal de algumas lágrimas (poucas vá....)
E dar graças por hoje ter a alternativa de me enfiar num cinema qq e engolir isto td, no lusco-fusco.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Marisa Monte



Que fim-de-semana de loucos! Com muito fogo à mistura, uma manhã de segunda a descansar, uma madrugada de Domingo longa. Uma tarde de trabalho que começou quase duas horas depois do que era suposto, devido a problemas informáticos que vêm sempre a calhar... E um primeiro dia da semana que, para terminar, ainda tem mais uns quantos teclanços,  e andebol e, espero, o regresso à hidroginástica.

E a Marisa, claro! Quem tem a Marisa tem (quase) tudo :)

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Cinema



 
Há vezes em que não aparece nada de jeito nos écrans. E depois, há outras vezes, em que vêm ao mesmo tempo uma catrefada deles. São 4 neste momento e há mais um que estreia de ontem a 8. Este fds vai ter de haver uma sessãozinha dupla :)

Mafalda Veiga

(...)
Pedes-me um sonho
Pra fazer de chão
Mas eu desses não tenho
Só dos de voar...

Agarras a minha mão
Com a tua mão
E prendes-me a dizer
Que me estás a salvar

De quê?
De viver o perigo
De quê?
De rasgar o peito
Com o quê?
De morrer,
Mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais
É não ver
O que a noite esconde
E não ter
Nem sentir o vento ardente
A soprar o coração

Prendes o mundo
Dentro das mãos fechadas
E o que cabe é pouco
Mas é tudo o que tens

Esqueces que às vezes
Quando falha o chão
O salto é sem rede
E tens de abrir as mãos

Pedes-me um sonho
Pra juntar os pedaços
Mas nem tudo o que parte
Se volta a colar.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Vamos ver no que é que dá...



A inscrição foi em tom de brincadeira, com um atendedor automático, e ainda em modo pseudo-férias;
A primeira etapa foi no local de trabalho, em modo 1x2;
A segunda etapa foi uma agradável conversa a olhar para mim, no dia a seguir;
A informação da passagem à etapa televisiva foi nocturna e algo inesperada.

Confesso que depois do gasto das férias, não vem nada a calhar. E numa semana em que tinha o trabalho todo organizado, também veio alterar os planos. Parece que ainda estou na fase: "Vou?" vs "Não vou?", mas se calhar vou mesmo lol

Ao desconhecido, de mala aviada, enfim: Vamos ver no que é que isto dá....

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

The routine is back



Mala com as coisas normais e típicas de uma babe;
Marmita com pequenos e simbólicos bens comestíveis para ir petiscando ao longo do dia;
Saco com coisas necessárias para dar treino de andebol, com aspecto de uma treinadora lol;
Mesmo saco contendo coisas para mais uma noite de serviço, para a qual irei directa do treino acima;
Antevisão do regresso das aulas de hidroginástica (esta semana não poderei ir, excepcionalmente).

E assim se faz uma vida preenchida :)

sábado, 14 de setembro de 2013

Vila Nova de Cerveira & Ponte de Lima

 
 
Terminando a série da reportagem fotográfica das recentes férias ficam então mais algumas imagens.
De Vila Nova de Cerveira, um pequeno passeio a cerca de 1h00 de distância de comboio de Viana. Tinha uma expectativa algo elevada, pareceu-me um sítio pequeno e um pouco desaproveitado. Mas o Rio Minho apaixonou-me. Aí sim, muito espaço para se passear à beira das margens e bastante gente também. O rio fez-me lembrar a Escócia e Loch Ness, muito particularmente. Em caso de dúvida, fica uma fotó em ponto pequeno para recordar :)
 
Depois Ponte de Lima, que na verdade foi antes. No penúltimo dia. A uma distância de cerca de 1h00 de autocarro. Coincidentemente, apanhei umas festas tradicionais de lá, que davam muita vida ao local. De resto, muito monumentos típicos do Norte, um Rio Lima adorável, e favorável ao passeio quer de um lado quer do outro. E bebi um maravilhoso smoothie de framboesa!
 
E é tudo, por agora ;)
 
 


 
Vila Nova de Cerveira acima
 
Ponte de Lima abaixo










terça-feira, 10 de setembro de 2013

Eugénio



A solidão não é forçosamente negativa, pelo contrário, até me parece um privilégio. Talvez a minha solidão seja excessiva, mas eu detestei sempre as coisas mundanas. Estar com as pessoas apenas para gastar as horas é-me insuportável.

Eugénio de Andrade
in Rosto Precário

domingo, 8 de setembro de 2013

Viana do Castelo - As fotós

 
O simpático e superconfortável quarto de hotel 1

 
 O simpático e superconfortável quarto de hotel 2


 
A vista magnífica, a partir da basílica de Santa Luzia, depois de subir no funicular

 
 
O simpático e superconfortável quarto de hotel: A tv personalizada lol

 
O simpático e superconfortável quarto de hotel 3: Minutos depois de me lembrar que a máquina tem... temporizador!

 
Em quase todos os sítios onde estive e onde havia/ há rio, andei de barco/ferry. Continuo a achar que, para além de ser sempre um passeio simpático, é também uma forma de se conhecer o local em questão, por outro ângulo de visão


Uma das pontes de Viana, debaixo da qual passei no passeio de ferry. Ponte Eiffel

 
Jardins muito bem cuidados e pormenores coloridos, como este (sensivelmente a meio do caminho que fazia a pé entre o centro e o hotel)

 
A simpática estação de comboios

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

The End



E pronto, quase quase na recta final estes saborosos 15 dias. Hoje é gerir bem o dia, entre algum trabalho, arrumar mala, etc. Lá para as 22h00 e pouco devo estar em casa :)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Glen Hansard - Lies



Se fora de portas, ao longo destes 15 dias a Quinta da Regaleira e Ponte de Lima foram 2 dos momentos mais agradáveis, dentro de portas, há escassos minutos, a descoberta e audição desta música foi/ é/ vai voltar a ser o auge. Acho que me senti no paraíso por breves instantes, ao ouvir, de olhos fechados, neste quarto de hotel, sozinha.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Temporizador, fez-se luz



E cerca de 2 anos e meio, mais coisa menos coisa, de ter a minha maquineta mais pequena, "discorri" sobre a existência da opção temporizador. Perfeita para quem, como eu, viaja maioritariamente em modo solo.

O descanso está quase a acabar. A tarde de hoje, passeia-a em Ponte de Lima. Um arrazo de sítio :)
Amanhã ainda não sei muito bem onde irei. Possivelmente a uma espécie de mini praia fluvial, deduzo que a cerca de 10 min a pé aqui do quarto de hotel. A ver vamos. Sexta rumarei ao Sul, a casa. Confesso que tenho saudades do meu canto, da minha gente, dos meus dias sempre a correr. Mas têm valido muito a pena, estes dias. Valeram, valem. Não deixa de ser uma aprendizagem e um crescimento, que se pretende eterno, ou quase.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Sintra - As fotós

 
Centro histórico
 
 
Castelo dos Mouros
 
 
Ruelas na subida para o Castelo dos Mouros/ Pena
 

 
Nos pontos em que me sentava, à beira do Palácio Nacional, se olhasse para baixo, via o estacionamento das charretes :)
 
 
Regaleira
 
 
Regaleira
 
 
Um presente que encontrei no penúltimo dia de estadia :)
 
 
Monserrate
 
 
Monserrate
 
 
Pormenores nas ruas
 
 
O escritório improvisado das manhãs
 
 
Monserrate (Palácio)
 
 
Panorâmica do simpático quarto
 

Uma inesperada aula de tango argentino a que assisti ao final da tarde do sábado em que cheguei

 
Regaleira

 
Regaleira

 
Regaleira


 
Cabo da Roca

 
Convento dos Capuchos


 
Regaleira

 
Monserrate

 
Vista da escadaria do Palácio Nacional

 
Ruas (vista da esplanada da Piriquita 2, onde havia sopa e bifana em pão saloio!)
 
---
 
Impressões:
Não tinha ideia de que era tão bonita, de que tinha TANTOS turistas (julgo que me apercebi de muitos espanhóis e alemães), de que tinha tanta variedade de sítios para visitar. De facto, 2 dias não chegam para visitar tudo. 4 ou 5 é o ideal. Trabalhei durante a maior parte das manhã, depois saía para almoçar e para me fazer à estrada. Tinha imaginado que num dos primeiros dias me iria dirigir logo a um posto de Turismo, mas tal só foi necessário para confirmar o horário do tradicional eléctrico para a Praia das Maçãs (que, com pena minha, acabei por não visitar porque cheguei em cima da hora, estava cheio e não me apeteceu esperar). Fui entrando em espaços, em mini-combóios, num autocarro turístico. Comi à beira do Palácio da Pena. Calcorreei caminhos, olhei espantada para paisagens e monumentos lindos, que me encheram a alma. Sempre sozinha. Refiz a mala e hojeé o 3º dia em Viana do Castelo. Daqui a uns dias, posto algumas fotós também. De Sintra, foram quase 300, que abuso (ontem estive a organizá-las)! 
 
Hoje, só saí do quarto para tomar o pequeno-almoço. Tenho estado aqui pelo quarto, novo escritório improvisado. E provavelmente já não sairei mais hoje. Ontem tomei um banho de imersão, coisa que não fazia há alguns anos, essencialmente pela "estragação" de água. Mas COMO me soube bem. E ri, julgo que quase como uma criança, em alguns momentos de água. Isso é impagável :)
 
Mais actualizações em breve.