quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Gipsy Kings-Inspiration



Descobri esta música hoje e gostei dela logo nos primeiros acordes. Ao ouvir até ao final, o que já aconteceu "bárias" vezes :), a confirmação: Se não transporta para o paraíso, transporta para algures lá muito perto. "Inspiration" da pura :)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

pena



Soube hoje que esta senhora faleceu há pouco tempo :(
Captei-a para a posteridade a primeira vez há cerca de dois anos, reparando na sua alegria contagiante numa festa sénior. Na postura ao alto dos seus braços, pronta para o bailarico e numa bela fotó, enquanto dançava com um senhor ao qual poderia chamar, literalmente, uma trave, dado que era quase o dobro do tamanho da senhora.
Voltei a captá-la ao Dezembro passado a propósito da festa de Natal da instituição onde passava os dias (não as noites). E não resisti a, para além da reportagem em si, disponibilizar online este excerto doce e espontâneo.
Toca-me agora de uma maneira mais nostálgica, por ter sabido da notícia esta manahã.
Mas tocou-me de imediato. Talvez pelas parecenças com a minha avó, que tb já não está fisicamente ao pé de mim. Pelos bocadinhos que esta senhora partilhou na entrevista. Pela vida dura que relatou ter tido. Pela relativa paz que alcançou nestes anos que passou no lar. Pela alegria contagiante. Pela pena que deixou em todos com quem conviveu diariamente. E em mim, que convivi pouquíssimo com ela.

Lamento ela ter partido e é impossível não lacrimejar. Mas, ao mesmo tempo, sinto orgulho em ter ficado este registo para a história. E no facto de diversas pessoas o poderem ver, para que, cada vez mais, possamos respeitar as pessoas que já viveram mais do que nós. Às vezes, julgamo-nos donos do mundo por passarmos por determinadas coisas, experiênciasm traumas (e estamos um pouco nesse direito, porque são experiências nossas e não dos outros!). Mas há TANTAS outras vidas para além da nossa.

Fica a partilha.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O que menos gosto

Se me perguntarem o que menos gosto no meu local de trabalho, respondo - sem sombra de dúvida - que é o que acabou de acontecer há segundos: Ouvir o toque de finados :( Hoje não sei por quem toca, mas sei que é um ressoar que me entra no espírito de uma maneira muito profunda e pessoal... Aqui onde moro, já não tenho a certeza da correspondência, mas toca 2 vezes se for uma mulher e 3 se for um home, acho que é assim. É uma espécie de tradição triste, digamos assim. A igreja matriz é auqi a dois passos, de modo que, se não estiver ausente ou se não estiver com os auscultadores, não há forma de escapar. Do mesmo modo oiço quando são so funerais, mas nestes casos de "anúncios" ao vento de vidas que findaram é especialmente atroz para mim. E que vem de braço dado com aquela pergunta mórbida: "Quem morreu".

Haja um treino de andebol para distrair um pouco (espero que não me cheteie como aconteceu na sexta)
Haja uma aula de hidroginástica, para sorrir e (tentar) "desstressar"

Fui.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

segundas



Ora o que sucede é isto: Às segundas-feiras despego depois das 18h00, mas ainda tenho trabalho para mais duas horitas. Pelo que, ficando com uma espécie de ilusão de óptica, ilusão mental vá!, de que já estou de saída para um merecido serão de descanso, põe-se o pc a hibernar - o que dá tempo suficiente para inscrever a mãe numa aula de hidroginástica (porque sozinha a coisa não vai lá...), chegar a casa, cobrir o carro com um plástico (porque esta semana, até sexta, parece que não há perdão da geada), lanchar, acender a lareira, sacar de um chazinho e zungas, voltar à posição sentada, ou melhor, pseudo horizontalmente bem instalada no leito hehe, e acabar umas tarefazitas que ainda sobram. Mas que bela ilusão mental que acabei de descrever, hein?!

Vantagens (e desvantagens) da portabilidade lol

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Um lugar para viver



Cruzei-me com este filme hoje. E passei um bocado da tarde a vê-lo. Adorei, do princípio ao fim.
Porque será?

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Tiê



Da pasta "músicas mansinhas" :)
Descobri hoje! Tão linda, tão soft, tão tão tão

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Eu Seguro



Viver é uma experiência maravilhosa, mas por vezes passamos por tormentos duros. Eu e todos :)
Há vezes em que tocamos a nossa vida e temos, por motivos vários, de tocar a dos outros.
É quase como fazíamos quando éramos pequenos: dar um empurrão na bicicleta daqueles amigos que ainda não sabiam bem pedalar. Corríamos ali atrás deles 2 ou 3 metros e depois eles lá seguiam, garbosos, o seu caminho.
Tem sido um pouco assim nos últimos dias.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Encontro

Lembro-me agora que tenho de marcar um
encontro contigo, num sítio em que ambos
nos possamos falar, de facto, sem que nenhuma
das ocorrências da vida venha
interferir no que temos para nos dizer.
Nuno Júdice/Angelo Ruta


Há minutos, encontrei esta espécie de poema cantado algures no FB. E pergunto, como é possível outros escreverem algo que se encaixa, na PER-FEI-ÇÃO naquilo que estamos a sentir ou que temos vontade de fazer em determinado momento da vida. Chiça... Irra...

A encalhar desde 1919.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Liberdade



"E se um dia eu adormecer e acordar rodeada de heróis"

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Como me sinto?

Aproveito a deixa das perguntas patéticas que o FB "decidiu" ir tendo no mural de cada um, para divagar um pouco. Ontem, no suposto Dia dos Namorados, o mural de uma das rádios que oiço, ou melhor, de uma radialista, perguntava se era possível às pessoas solteiras serem felizes? Eu embalei a inspiração, iniciei com um "Eu, solteira me confesso" e terminei com uma frase solta que apanhei há tpos e que adoro: "O amor próprio é o início de um romance para a vida inteira".

 Fiquei a pensar neste assunto qb (que de resto me inunda a cabeça várias vezes), mas hj aconteceu algo ao meu redor que me fez voltar a pensar nisto, fez vir à tona todo um lençol de nostalgia e, pelo meio do trabalho e de outros afazeres, me fazem agora voltar a pensar e querer ficar bem enroladinha, em posição fetal de preferência, neste meu roupão quentinho e com o meu aquecedor de estimação a confortar-me o corpo e a alma.

Serão infelizess as pessoas cujo destino não pôs companheiras de alguém? Seão "menores" do que os outros? Terão algum tipo de deficiência, nomeadamente emocional, ou incapacidade da amar e de se dar? Deverão aproximar-se de alguém só porque sim? Só para ser igual aos outros?

Muitas outras perguntas poderia fazer a este respeito. E muitas respostas poderia dar. Avanço com algumas ideias.

Eu não sei explicar o que é o amor. Sei explicar o que eu quero/gostava/imagino que possa ser.
Um afago nas costas no final de um dia de trabalho.
Um passeio sem destino, por mais pequeno que seja.
Uma sintonia para falar de tudo, seja uma piada totó ou uma resolução das mais sérias que pode haver.
Um sorriso maroto.
Uma mensagem ou uma chamada telefónica para dizer nada, mas que significa: "caminhamos juntos".

Respostas de criança? Não, respostas de uma mulher adulta, eu. A quem a vida, o destino ou seja lá o que fo (ainda) não proporcionou isto, pelo menos de modo contínuo. Confesso que me entusiasmo algumas vezes com algumas pessoas por quem, por algum motivo, sinto algum tipo de curiosidade ou afinidade. Por norma caem sempre em saco roto. De modo que, acho que não fujo à verdade, se disser que deixar de procurar o amor.

É algo difícil de explicar e, porventura, mais difícil ainda de perceber. Em suma, trata-se de uma bola de neve que, ao longo dos anos, foi criando uma carapaça. Cá dentro só entra quem eu quero, quem eu deixo. E do mesmo modo só sai quem eu quero de saia.

Pois bem, deve soar estranho, mas "Como me sinto?". Acho que me vou esforçando por sentir feliz nsa minha infelicidade. Ou melhor, consigo encontrar dentro de mim, porque eu sou mesmo a melhor e mais fiel amiga que tenho, diversos momentos de felicidade. E são muitos :)

Imagino um futuro emocionalmente não muito risonho e com uma solidão crescente e que, com o avançar da idade, me irá espicaçar a alma. Talvez seja um pouco forte e egoista, mas desassossega ver bebés, ver alguns sorrisos, ver grávidas à minha volta. Por esta altura, também era uma fase em que gostaria muito de estar a passar. Tenho trabalho, ocupações, vivo numa vila cinco estrelas, mas costuma dizer-se que "nunca estamos felizes com aquilo que temos", não é?

Amanhã, a rondar as 7h00, um dos meus momentos felizes do dia, vai ser um galão e um misto quentinho antes de começar a teclar, tarefa que se irá prolongar pela manhã. Espero estar mais reconfortada, se me conseguir reconfortar, e na inexistência de alguém que me reconforte. Demasiado complexo? Ora, aí uma bela palavra para responder à pergunta facebookiana: Sinto-me... complexa...

Isto mexeu e remexeu cá dentro hoje. E vai ficar a remexer mais um pouco. Amanhã será outro dia. E na 4ª há psicóloga... Escrevo quase na posição horizontal e é nela que me vou manter, esperando adormecer e, quem sabe, entrar por uma noite num sonho bonito...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Wiiiiiii


Ora portantos, o final da noite de ontem (em que orgulhosamente resisti à preguiça e não faltei à hidro gimnastics!) foi assim, a fazer contas de somar e de multiplicar, a fazer pontaria a alvos de múltiplos de 5, 10, etc, a construir palavras em que só faltavam 2 ou 3 letras, a acertar em máscaras pela ordem em que apareciam no écran. E em inglês, já que estamos a fazer exercícios para a cabeçorra, que os façamos em pleno :) Foi a mais recente aquisição para a wii que adquiri há uns tempos com o dinheiro que ganhei no Euromilhões hehehe Já não pegava nela há uns meeeeses, mas eis que agora vou no balanço. Que isto de novelas e coisas que tais está o inferno cheio :)

Entrett vou buscar a "bucha" que hoje almoço fora, na Constantina! Que tarde maneira: Vou lá fazer um trabalho e aproveito, almoço à lareira em casa dos meus tios. Dois elementos da minha família (um por sangue e outro por casamento lol) de que gosto particularmente e onde páro frequente e orgulhosamente!

Fui

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Infância - tomo 1532


Publico aqui mais uma fotó da infância. A escadinha dos Pires júniores :) Isto porque ontem à noite fui jantar a casa de um amigo de infância. Ou, actualizando, a casa dos pais desse amigo. Para mim será sempre a casa do Zé Tó lol E o Zé Tó será sempre o meu amigão. Não tenho dúvidas de que é (presente) o meu melhor amigo, como sempre foi. Na altura desta fotó talvez tivesse acabado de se mudar para a cidade do Moinho das Moitas ou estivesse prestes a fazê-lo. Para aquilo que seriam anos de sã convivência. Na actualidade mora longe, mas sempre que regressa as origens, por norma, partilhamos afectos.

E assim foi ontem à noite. Na casa onde, juntamente com outros rapazes, eu era por norma a única rapariga ali do grupo, jogávamos tardes infindáveis de ping-pong, patins, baloiços, futebol na rua, carrinhos de rolamentos (que emoção).

E também ontem, na sala quentinha, olhando para um Zé Tó do meu tamanho e para outro Zé Tó júnio (que é a cara chapadinha do pai!), lembrei-me de tudo isso. Julgo que, por vezes, tenho saudosismo a mais. Mas em relação à infância, cultivo-a mesmo, é verdade. Porque acho que foram verdadeiramente "os melhores anos da minha vida". E é isto, em dia de Carnaval, a meio gás na rua, mas normal aqui por estas bandas :)

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Domingo



Como tinha pensado ontem, hoje estive a maior parte do dia ausente da vila. Também, mas não só, propositadamente para não ir ao funeral do sr. A. Irei recordar o seu sorriso sempre afável e (aparentemente) bem disposto e fazer de conta que tudo não passou de uma viagem. E na verdade, é um pouco isso que é a nossa vida: uma viagem. Breve demais...

Por entre corredores de gente e coisas supérfluas, sentei-me julgo que perto de 3 horas numa sala de cinema. Há algum tempo que tinha curiosidade em ir ver este filme. Tornou-se um pouco extenso demais. Gostei, mas confesso que não achei assim tãããoooo sublime. Na minha opinião, é uma boa história e uma catita interpretação do Daniel (lol). Pensei que retratasse um pouco mais a abolição da escravatura em si, mas retrata mais os meandros políticos "da coisa". Mesmo assim nota positiva! Uma excepção para a banda sonora, essa sim SUBLIME. Música muitíssimo boa mesmo :)

E pronto, regresso a casa e vou ter aqui outra banda sonora, a de alguns episódios do Seinfeld, para adiantar o serviço habitual de Domingo. Amanhã à noite, há um documentário especial sobre a Marylin Monroe, uma das coisas supérfluas que comprei hoje. Sim, porque eu tb sou supérflua às vezes. Hoje, em particular, foi isso que quis ser, do princípio ao fim do dia. Amanhã, uma nova luz virá...

sábado, 9 de fevereiro de 2013

"Doença da moda"

Soube esta manhã que o vizinho sr. A. faleceu durante a madrugada. Vítima da chamada "doença da moda". Ingrata e atroz.

A última vez que lhe falei, foi quando ia fazer uma pequena visita à esposa, a srª M.

Há cerca de 20 e poucos anos, faleceu-lhes o filho único. Viveram sempre nesta infelicidade compreensível e, imagino, mais que penosa. Ele calou dentro dele a tristeza, que de vez em quando tornava visível em algumas expirações mais "barulhentas". Ela vestiu de negro o corpo e a alma. Só há poucos anos lá começou a vestir uma ou outra peça mais clara, mas sempre com o casaco preto e as calças a imperar.

Não falhavam uma missa de sábado à noite. Ela na rua, esperava que ele tirasse o peugeot (daqueles que não têm 5ª) da garagem. Fechava o portão e depois entrava para o carro e seguiam. Uma missa sempre por alma do filho. Cuja sepultura, ainda hoje, nunca viu flores secas. Tem sempre flores frescas e jovens, como era o R. quando partiu. O pai vai juntar-se a ele amanhã. Queria ir, mas acho que não vou ao funeral. "Prefiro" depois continuar a fazer visitas à srª. M. em tardes solarengas.

Nós devíamos todos morrer de velhos. Ainda que qq tipo de morte cause sofrimento, estas é a única que se "tolera" melhor, digamos assim. Mas a morte é sempre intolerável.

Hoje à noite, a srª M. já não vai ter companhia para ir à missa. Vai ter uma casa grande e fria só para ela. Repleta de fotós do filho bonito e menino que lhe foi roubado. E agora o sr. A.... Deve ser mt duro. Os que ficam têm só de aguentar... E de irem tirando lições destas fatalidades. Para que demos mais valor à vida, aos nossos, à saúde, ao trabalho, ao bem fazer, etc...

.......

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Quem anda à chuva, molha-se :)

 
"Quem anda à chuva, molha-se", diz o ditado. De tanto filmar e tirar fotós, de quando em vez tb me calha a mim. E ainda é mais engraçado quando eu não reparo MESMO :) Há minutos uma colega enviou-se isto para o FB e foram logo para a pasta "Em trabalho", onde vou guardando assim umas coisas, para mais tarde recorda. Quando tiver tempo, hei-de fazer uma animaçãozeca, assim com uma musica lamechas lol
 
Entrett, bom fds para quem o tiver. Eu cá vou aproveitar o serão de hoje para ver um filmeco e adormecer cedo; o serão de amanhã e a tarde de dmg. O resto, está ocupado, pois claro. Antes isso :)
 
Fui.

Westlife - Flying Without Wings live



Numa sexta-feira atolada (como sempre!), e já com bastt trabalho feito (são 9h e picos), a banda sonora é esta. Faz lembrar os tempos da Covilhã e faz o coração quentinho :)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O dia


A turbulência de que aqui dei apenas ténue nota em postas anteriores amainou um pouco, felizmente. Outras virão, até lá que usufruamos da bonança :)

Entrett mais uma noite de serv ontem, em que lidei mais uma vez bem de perto com a morte. Não tão traumático como Aquele episódio marcante, mas nunca é fácil de digerir. Continuo a sentir-me bem por poder dar um pouco de mim a ajudar os outros, apesar destas situações. Mas tem de haver sempre alguém para lidar com elas, não é verdade. Por mais que a morte seja medonha, nos assuste, é assim mesmo que todos acabamos....

Hoje um dia atolhado de trabalho, como sempre (e ainda bem), mas bem gerido e quase na recta final. Acho que me vou baldar outra vez à hidro, buscar alguma coisa para comer e refastalar-me no meu canto, bem quentinha e sossegada.

Ao final da tarde de hoje, mais uma entrevista janota. Aprendi alguma técnica nos estudos, mas não haja dúvidas que a sensibilidade pessoal fazem a diferença. Modéstia aparte, continuo a agradacer diariamente o privilégio de poder trabalhar junto de pessoas comuns, de poder partilhar e guardar para a posteridade bocadinhos de vidas. Gosto, gosto, gosto, mil vezes gosto.

Às vezes fico em baixo, outras vezes põem-me em baixo. Mas, no final de contas, sou abençoada e se julgo não ser feliz, tenho a certeza de ter belos e prazeirosos momentos de felicidade.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Baby-time



Às vezes, gosto de rever fotós antigas. Por norma, gosto sempre, mas quando as marés são/estão menos amenas apetece olhar para a nossa vida, para o nosso presente, passado e futuro com outros olhos. Estava há pouco a guardar uma outra fotó na pasta "Infância" e revi esta imagem, do meu baptizado. Nela, as duas pessoas mais importantes da minha vida - a minha mãe e o meu pai (um pequenito traço de perfil ali do lado esquerdo. Depois eu, em altas a curtir a vela e tudo e tudo e tudo :) Depois duas outras pessoas muito próximas dos meus pais, mas cuja vida acabou por afastar... moralmente, digamos assim. Os meus padrinhos. Do lado esquerdo, a minha madrinha Isménia, vê-se só memso um bocadinho da cara. E o meu padrinho Soares, descendente directo de indianos. Julgo que o fascínio que tenho pelo país/povo deve, de certezinha, vir muito dos fins-de-semana que costumavam passar connosco, quando vinham de Lx no seu Mercedes banheira branco e a cadelita com a "camisola" de malha. É também uma memória quentinha. E pronto. É isto.

Vidas...

Dias difíceis, estes últimos... "A vida é bela, nós é que damos cabo dela" lol

Neste caso em particular, julgo que eu não dei cabo de nada, mas não tenho dúvidas que serei eu, possivelmente, a única, que está a tentar recolher e colar cacos alheios. É o meu karma...

Em breve, devo voltar a uma psicóloga. Pelo menos terei uma primeira consulta num novo local, para ver como é que a coisa funciona. Procurei porque vai fazer-me bem FALAR e, espero, ter alguns momentos de reflexão sobre como este barco (o meu e o dos outros RRRsss) pode ser levado a bom porto, ou a um porto menos turbulento....

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Avó

Acordei hoje com a sensação de que é um dia em que aconteceu algo importante. E é verdade. Faz hoje 11 anos que, estava eu na ESEC, após ter tido uma frequência, e tinha chamadas da minha mãe. Ainda bem que só confirmei o assunto depois de sair. Lembro como se fosse hoje e lembro-me de pensar, à primeira, que se tratava do meu avô. Mas não era a minha avó. Deixou-nos há 11 anos.

Lembro-me que tinha ido na carrinha do meu pai e que vim sozinha, com uam dor de cabeça daquelas que as más notícias nos provocam. Lembro-me de ver o meu irmão mais velho a limpar uma lágrima teimosa (daquelas que nunca lhe tinha visto e nunca mais lhe vi) quando olhou para a minha avó deitada ali, naquele caixão sozinha e com o ar afável que sempre teve.

Nos últimos anos da vida dela, fui-me afastando porque ela esteve em diversos lares, infelizmente. O último dia em que lhe toquei estava ela internada no hospital de Alvaiázere. Lembro-me tão bem de lhe ter feito uma festinha na cara e de a ter sentido quentinha. Não sei o que disse nem sei se ela disse alguma coisa. Disso não me consigo lembrar.

Tenho uma sensação meio esquisita, porque há medida que os anos vão passando, ela vai ficando uma memória cada vez mais longe na cabela, mas cada vez mais quente e funda no coração. É estranho explicar. O que sei é que gostava muito dela. Foi uma mulher que sofreu muito de pobreza e, depois, nas mãos do marido, o meu avô. Mas era tão boa mulher. Ensinou-me tanto. Deu-me tanto carinho. Fez-me tanto bem. Tenho tantas saudades. TANTAS.Queria tanto falar com ela, dormir nos lençóis de flanela. Comer uns carapaus quentinhos. Beber chá ou mokambo. NUNCA JAMAIS EM TEMPO ALGUM irei esquecer a MINHA avó Marquitas.

O tempo passa a correr. Quem sabe, não tarda, nos voltamos a ver.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Não há pachorra


Cada vez tenho menos paciência para aturar gabarolas. Daquelas pessoas cuja conversa se resume a, de uma forma escorreita para quem fala (e desinteressante para quem ouve) se gabar de que conduz melhor do que todos os outros, de que sabe comportar-se melhor do que todos os outros, etc, etc, etc. Em suma, há pessoas que julgam definitivamente serem melhores do que os outros e se julgam uma espécie de senhores do seu minúsculo universo. Juro que não tenho pachorra. Cada vez gosto mais do meu canto, do meu trabalho, dos meus afazeres extra-laborais e, ACIMA DE TUDO, gosto de pensar por mim, sem ter necessidade de espalhar opiniões ou atitudes aos quatro ventos. E gosto de ter o bom-senso de não dizer tudo aquilo que penso. No caso deste post, escrevi e escrevo o que penso lol Enfim, sublinho este título, "Não há mesmo pachorra". À mínima chance, "ala que se faz tarde" :)

E agora, de volta aos resumos da imprensa diária, que o relógio não pára!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Broa



Esta manhã tornei realidade um pequeno-almoço que há muito tinha a vontade de replicar. Melhor do que comê-lo já a trabalhar, frente ao pc, só mesmo fazê-lo num futuro próximo e numa casa feliz.

Basicamente, a coisa funciona assim: Partem-se um pedaço de broa aos bocadinhos (que é como quem diz, "miga-se"!). A que escolhi foi de milho, mas pode ser qualquer uma. Com pão não fica com a magia que este pitéu tem :) Depois polvilha-se com um bocadito de açúcar (eu prefiro o branco, mas com amarelo tb é gajo de marchar!) e o toque final passa por regar - litealmente - este preparado inicial com café. Quem for leitor/a assíduo/a deste blogue saberá que é o Mokambo, pois claro!!!

Resta acrescentar que foi um regalo este repasto e que o mesmo faz parte daquelas recordações quentinhas que tenho da infância. O meu pai costumava comer isto de manhã, no tempo em que íamos os 5 no mesmo carro, para o mesmo local: as 3 crianças estudar e os 2 adultos trabalhar, na escola.

Espero voltar a fazer o pitéu :)