domingo, 9 de dezembro de 2012

"Amour"



A sinopse dizia/diz o seguinte:

Georges e Anne são octogenários, pessoas cultas, professores de música reformados. A filha, igualmente música, vive no estrangeiro com a família. Um dia, Anne é vítima de um acidente. O amor que une este casal vai ser posto à prova…

Este pequeno texto, a imagem do cartaz e uma pequena conversa que vi online sobre a história deixou-me com vontade de ver. E hoje, ao início da tarde, assim foi.

O filme começou com uma equipa de bombeiros e de polícia a entrar numa casa fechada. Passados alguns minutos, encontraram o corpo (já em decomposição, de uma senhora idosa, cuidadosamente deitada na cama. Cuidadosamente vestida e com um ramo de flores bonitos entre as mãos cruzadas sobre o peito. Depois o écran escureceu e a história voltou ao passado, deduzo também, apenas algumas semanas antes.

E a história, muito simples, é esta. Tão real como o cinema francês, em particular, sabe contar. Um casal idoso quese ama, se cuida um do outro. De um dia para o outro a senhora tem um AVC e fica paralisada do lado direito. Anda em cadeira de rodas. O marido, com uma ligeira dificuldade em andar, ligeira mesmo, toma afincadamente conta dela: ajuda-a a fazer fisioterapia, corta-lhe a carne aos bocadinhos (ela só tem mobilidade com uma mão), ajuda-a a passar da cadeira de rodas para o cadeirão e para a cama, lava-lhe o cabelo, ajuda-a a fazer as necessidades fisiológicas, etc Sempre com o nome do filme por trás: amor. e muito.

A imagem com que o filme começa, deve ter sido provocada pelo facto de a senhora ter pedido ao marido para prometer que nunca mais a levava para o hospital. Não sei. Também não sei o que aconteceu ao senhor na história. E não sei porque não tive coragem de ver a segunda parte. Não sei porquê. Ou sei. Aquilo mexeu comigo. Hoje, era-me penoso ficar ali na segunda parte. "Gostava" de saber como terminou o senhor. O carinhoso senhor. Mas hoje não consegui...

P.S.: O filme também tem uma inesperada Rita Blanco. Não estava a contar vê-la, mas é sempre bom :)

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