"Ali estavas tu, então, tão nova que parecias irreal, tão feliz que era quase impossível de imaginar. Ali estavas tu, exactamente como te tinha conhecido. E o que era extraordinário é que, olhando-me, dei-me conta de que não tinhas mudado nada, nestes vinte anos: como nunca mais te vi, ficaste assim para sempre, com aquela idade, com... aquela felicidade, suspensa, eterna, desde o instante em que te apontei a minha Nikon e tu ficaste exposta, sem defesa, sem segredos, sem dissimulação alguma".
Confesso que este é um dos mais belos trechos que alguma vez li. É tão real e quase que aposto que foi escrito com a fotografia mesmo ali ao alcance da mão, quantas Nikon e outras que tais não tiraram outras tantas, por esse mundo fora? E quantas retinas não ficaram também com imagens destas para a eternidade...
1 comentário:
No teu deserto...
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