quarta-feira, 7 de agosto de 2013

sem título, de espécie alguma. Talvez "pesadelo"?


Não há mais trabalho por hoje. Quer dizer, haver até há, mas já não consigo adiar mais a saída, até porque estava aqui a chegar há 12 horas. Já chega, não? Como é que gostava de acabar este dia?

Com uma boleia inesperada até à beira-mar (sei que está vento, mas num sítio abrigado, vá), com um abraço do tamanho do mundo, com um caldo de arroz a fumegar no prato, com uma música calminha que me fizesse crer estar no paraíso, com um "como foi o teu dia?" (se pensar bem, acho que, na verdade, nunca ninguém me perguntou isto....), com um "estamos quase a ir de férias, tu e eu!". O dia podia de facto acabar de muitas maneiras. Mas a maneira como vai acabar é uma espécie de buraco sem fundo, a bem (mal) dizer. Começa com um post que aparenta uma má-disposição descomunal, mas que na verdade pretende desabafar, em modo escrito - à falta de o poder fazer oralmente - uma frustração que já muitas vezes aqui tive ocasião de deixar espelhada. E que irei deixar mais umas quantas vezes, deduzo... E depois o que é que poderia haver? A ida a um shopping cheio de gente e de cores, mas onde hoje, só morta me levariam. Podia acabar com um filme ou uma série, com um livro, uma revista, um dos meus 4 gatitos "sequestrados" para o meu quarto, uma qq pesquisa na Net, etc. O chat que normalmente tenho quase todo o dia ligado e a lista do tlm tem algumas pessoas a quem tenho vontade de confessar estas coisas, mas o sentido é único. Não há força alguma no universo que traga algum movimento no sentido inverso, ou seja, até mim, de lá para cá. Por outro lado, nos últimos dias, tenho tido um pensamento quase segundo a segundo, julgo que já está num patamar algo psicótico, de que a qualquer momento posso receber uma chamada a dizer que aconteceu alguma coisa de grave com o meu P ou com a minha M. E a noite? Tem-se tornado uma espécie de pesadelo, Podia ser sempre dia, haver sempre luz. Tenho medo que à noite, algum som me acorde. Mas acorde também para acontecimentos maus. De saúde portanto. Precisava tanto de me libertar desta espécie de prisão. É uma luta tremenda cá dentro, para que pensamentos bons consigam naufragar os outros.

E a modos que é isto. Algumas dores nas costas e nos joelhos. Lá vou eu: desligar pc, desligar luzes, trancar portas, abrir o carro, escolher o caminho mais longo para casa (Sim, disse mais longo, propositadamente, como bem se entende por este post...). Talvez a ideia do conforto de um banho quente faça uma espécie de milagre. Se me fizer adormecer mais depressa, já não será mau.

Amanhã, no mesmo sítio, à mesma hora, com os mesmos monstros.

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