Gosto TANTO de textos bem escritos. Com cabeça, tronco e membros. E conteúdo. Daqueles que se espremem e tem vitamina! Daqueles que nos arrancam sorrisos enquanto deslizam sob os nossos olhos, famintos de normalidade, tão anormalmente escassa pelos dias/ écrans que correm. Sem calinadas, sem erros de ortografia, sem sentidos parolos. Textos bons, ponto. Excerto abaixo e na íntegra aqui.
"(...) O eixo central da narrativa consiste na exposição de uma
única mulher matricial clonada por três identidades que correspondem a três
idades, e a três modos, do ser mulher. E que mulher é essa? Em registo
desvairadamente redutor, aquela que na adolescência se adapta ao desejo
masculino, mesmo que não goste de metade das experiências sexuais. Que ao
entrar na idade adulta se torna conhecedora do seu corpo e dos direitos
políticos que tal anatomia e fisiologia lhe concedem. E que na maturidade
atinge a liberdade possível, individualista, simbolizada no cliché do voo de
rosto descoberto na imensidão das alturas. (...)"
P. S.: Já não vou ao cinema há tanto tempo.
Sem comentários:
Enviar um comentário