“António Guerreiro é um dos mais interessantes
opinantes na indústria da opinião. Porque lê, porque pensa, porque pensa no que
leu e partilha connosco as descobertas. É disto que se fazem os intelectuais,
os tais seres que sobem ao mundo das ideias com a missão de regressarem ao
reino das sombras para contarem o que viram. (…) Ao levar para o
palco o contributo de um elemento da assistência, AG premiou esse indivíduo que
é, simultaneamente, uma entidade substantivamente literária – é uma personagem.
Não há forma de saber, apenas recorrendo ao meio onde se comunica, se o tal
“Liberal” é mulher ou homem, com 18 ou 81 anos, ateu ou crente em Fátima,
hetero ou bi ou homossexual, votante em Cavaco ou na Carmelinda Pereira, genial
ou estúpido que nem um calhau, na posse de uma lucidez implacável ou a delirar
por causa da medicação. Logo, estar a reagir emocionalmente a algo que essa
entidade diz implica reconhecer que se está num mesmo espaço de interacção, e
que se aceita o poder dessa personagem para influenciar o drama.”
Tudinho aqui.
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