Como pequenos passos, muitos, todos somados - dia após dia, semana após semana, mês após mês e, mesmo, ano após ano - permitem grandes conquistas. É a lição que tenho aprendido nos últimos tempos. E que vou continuar a aprender nos próximos.
As coisas boas, aquilo que é mesmo importante para nós, não se consegue de um dia para o outro (não há milagres...). Também não é perfeito. Vai-se aperfeiçoando aos poucos.
E esta coisa boa com que, primeiro, comecei a sonhar (já lá longe, algures na adolescência), depois comecei a trabalhar com o objectivo quase exclusivo para conseguir alcançar. E agora está cá. É o meu diamante em bruto, que tenho lapidado, com essa vagareza que dá sabor, corpo e valor.
A tarde de ontem foi dedicada a limpar a cozinha. Não é a limpeza final, apenas a primeira. Muito esfreganço, lixívia, OMO e H20 q. b.. Lembro-me que a meio da tarefa pensei, no caso de haver vida após a morte, o que o meu avô paterno (e que eu só conheço de uma fotografia única) pensaria se me estivesse a ver. Ele também se aqueceu nesta lareira? Também fez pão neste forno? Também admirou a vista da janela? Também apanhou azeitonas das oliveiras do quintal?
Saber que não construí esta casa, mas que é agora minha, depois de ter sido de GENTE minha, é um elemento extra que contribui para encher de magia este sonho real.
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