quarta-feira, 28 de novembro de 2018

TV


Eu sei que trabalho num (pequeno) projecto de tv online. Mas também sei que, em todas as peças que gravo e edito, não há uma ponta de folclore. O esforço é fazer um trabalho essencialmente cultural, que as pessoas necessariamente vejam na hora (não é preciso serem muitas!), mas que (re)descubram daqui a uns largos meses/ anos. Feita esta espécie de contextualização, tem início o post propriamente dito :)

A meio caminho entre o trabalho e casa, há um café onde costumo parar praticamente todos os dias. Por norma de manhã, para trazer um pãozinho de sementes, um croissant de chocolate ou um folhado misto para o pequeno-almoço. Um de cada vez, pois claro, conforme cada alvorada faz apetecer. E depois à hora de almoço, para tomar o café (felizmente, não sou viciada na cafeína, mas sabe bem parar ali um bocadinho). Lá no alto, há uma televisão que, por norma, está sempre naquele canal que começa com um T e acaba num I, e tem um V no meio. Felizmente não há ali cabo, pois certamente estaria no outro das duas letras, homónimo do jornal mais lido de Portugal blhacccccc (aos Domingos, felizmente, costuma estar na 2, a dar os bonecos bem de manhãzinha, e à beira do almoço na antecessora numérica). Bem, mas voltando a ontem, quando lá entro, por norma estão a dar as notícias, que vou ouvindo (não tenho outro remédio) e para as quais me esforço para não olhar. E da mesma maneira que me faz bastante confusão as pessoas que não tiram os olhos do telemóvel (quantas, na conferência do post abaixo, estavam presentes, mas a estabelecer outras mini conferências por essa via. Obviamente que haverá assuntos mais ou menos urgentes/ importantes, mas valha-me Deus. Temos de estabelecer limites, não?!). Fechados os parêntesis, estavam então quatro pessoas, para além de mim, também na pausa do café, mas com os olhos pregados no écran. Claro que podem olhar (quem sou eu!), mas as escassas vezes que abriram a boca foi para tecer pseudo-comentários sobre o que iam vendo. Julgo que nem para responder ao meu "boa tarde" houve reacção sem ser ao noticiário. Fez-me/ Faz-me muita confusão. Mesmo. 

Atenção: Eu gosto bastante de ouvir notícias. Amo de paixão o noticiário da RTP2 (sinceramente, acho que é um dos melhores). Mas também leio, fisica e virtualmente, as notícias. Não sou info-excluída, nem o poderia ser, dada a minha formação e profissão! E existência, já agora :)

Nem a propósito."Não tenho paciência p'rá televisão/ Eu não sou audiência para a solidão". 

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Sobre o Netflix, que optei por ter só a versão de ver no telemóvel, tenho descoberto e visto alguns muito bons achados. Alguns deles tenho também partilhado aqui neste blogue, de resto. Mas tenho tido um péssimo hábito nos últimos tempos que é ver na antecipação ao sono, já com a luz do quarto desligada. Ontem, felizmente, isso não aconteceu. Até porque os bons achados estão escassos... Mas tenho sentido que esta prática me tem prejudicado, de certo modo. E não sei, mesmo, se as quase sistemáticas insónias, ali a rondar o intervalo das 3h30/ 5h00, não serão reflexo disso mesmo. Por acréscimo, também deve haver alguma influência destas noites gigantes de Inverno. Mas enfim, há dois hábitos que quero/ preciso recuperar: o da leitura e o dos trabalhos manuais. Daqui a uns tempos (não sei quando...), espero conseguir fazer na MINHA casa velho-nova um cantinho onde possa ter, em especial, esta última tarefa sempre à mão de semear.

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Last, but not least, uma coisa mesmo boa. Espero conseguir ir espreitar, pelo menos o Super Market!



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