segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Shoot the Moon





Onde é que estás?



Tu que me vais dar a mão quando me voltar a sentir sozinha.

Tu que me vais dar um abraço quando eu pensar que o mundo acabou.

Tu que vais chorar comigo. Mas aquele choro libertador de que todos precisamos de quando em vez.

Tu que me vais acompanhar nos meus pecados gastronómicos.

Tu a quem vou poder fazer aquele caldo de arroz e bacalhau que aprendi com a minha avó. E que cura tanto!

Tu, a quem vou poder desafiar a qualquer minuto, para me acompanhar num qualquer fim de tarde em que não há mais nada para fazer do que comer uma pizza na minha "prisão" caseira.

Tu que me vais dizer que sim, quando eu quiser perder o medo de voltar a andar de avião e me apetecer descobrir um qualquer destino.

Tu que me vais sussurrar que gostas muito, mas mesmo muito de mim. E que gostas do meu sorriso e das minhas sardas.

E que todas as pessoas que me estão ligadas genealogicamente não importam nada. E o que importa sou eu e tu.

Tu, que me vais acompanhar nos pequenos-almoços de Domingo, à lareira, com torradas e café mokambo.

E que vais desligar a televisão porque ela não interessa nada, interessamos nós.

Tu que me vais ligar quando, também tu, precisares conversar. Só porque sou eu a pessoas com quem mais gostas de o fazer.

Tu que me vais escrever a mensagem que nunca recebi. Onde vou ler "Amo-te" e ouvi-lo vezes sem conta da tua boca.

Podemos estender a roupa juntos? Podemos fazer juntos uma lista de compras. Posso dar eu comida ao gato e tu ao cão?

Podemos tomar juntos um banho de espuma?

Podemos perpetuar-nos e perpetuar o nosso amor com filhos. 2?

E levar os meus pais a almoçar ao Domingo?

E caminhar na praia todos juntos e descalços?

E olhar para trás, para tudo isto que construirmos, e sorrir?



Será que existes? Será que alguma vez a tua vida se vai cruzar com a minha?

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