domingo, 24 de fevereiro de 2008

Reportagem SIC

Cheguei há vários minutos de Ansião e antes de arrumar alguns sacos que trouxe fui-me pôr à frente a TV, a meia luz. Desde que vi pela primeira vez o anúncio da reportagem de hoje que a SIC ia transmitir tinha essa intenção. Não apanhei o início, e em consequência o motivo porque a "personagem" central - Paulo Azevedo - tem as deficiências físicas que têm, mas isso também não é o mais importante. O mais importante é a mensagem que ele deixa. Consegui perceber que é da Redinha, perto da minha vila, portanto, que estudou em Coimbra e que deve ter uma idade parecida à minha.

Podia aqui dizer muitos clichés, vanglorizar a força de vontade que irradia dos olhos e das palavras, reforçar pena pelas limitações físicas. Não vale a pena, como não é preciso dizer muito mais palavras. Vou acabar por utilizar clichés, sim senhora, mas de facto a vida está mesmo nestas pequenas grandes coisas/pessoas/acontecimentos com que contactamos. Ali está um homem, com todas as letras grandes, não só o H. Admirável querer viver a vida em pleno e a vontade de quere ser valorizado pela pessoa que é, pelo seu esforço e trabalho, por aquilo que pensa.

Mesmo no finalzinho da reportagem, quando a(s) pessoa(s) que estão a ser filmadas "destressam" e a câmara estaria supostamente em off, o rapaz levantou-se e perguntou à jornalista, meio sério meio a brincar": "Disse algumas coisas que não devia, não disse?".

Como também ouvi a pergunta, tomo a liberdade de responder: Pelo contrário. Disse toda a verdade e várias coisas que muita gente precisa de ouvir e de aplicar em muitos campos das suas vidas. Incluo-me no rol.

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