domingo, 8 de maio de 2011

Comoção

Hoje, finalmente, consegui arranjar um bocadinho de manhã para dar um pequeno passeio a pé. Mas foi mesmo à risca. De manhã ainda trabalhei um bocado ao pc e às 10h lá vou eu de música nos ouvidos, para uma caminhada de cerca de hora e meia, com direito a uma visita de médico a casa de uns parentes, que ficava em caminho. Pelo caminho de regresso a casa, e como teria de estar às 12h30 num determinado local, para seguir em direcção à Marinha Grande para mais um jogo de andebol, passei numa churrascaria da vila, onde há umas sopitas maravilhosas, e trouxe para casa, para me despachar mais rápido. Na dita churrascaria, vi um velhote a pedir a sua meia dose (julgo que de frango assado) e uma sopita tb. E é exactamente aqui que quero chegar. Tantos velhotes e velhotas como aquele com quem me cruzei. E com outros com quem me cruzo em situações semelhantes. Acho que não estarei longe da verdade se os imaginar meio sozinhos na vida. Se imaginar que, para além da missa, estas pequenas deslocações, são grandes viagens para eles. Se imaginar que, apesar da maneira desenrascada com que falam, com que pedem e com que pagam (a vida ensinou-os a ser assim), chegam a casa sozinhos e sozinhos almoçam. Apesar de poder dar a entender o contrário, são poucas as pessoas que passam por mim em vão. Toca-me estes detalhes que podem passar despercebidos a alguns. Comovem-me por dentro. E é isso.

Sem comentários: