segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sorriso

Ontem tive jogo de andebol com as "minhas miúdas". Fomos até Mira d'Aire, viagem de mais de uma hora. A parte final com muitas curvas. Por norma, gosto de levar música "da minha" e um livro. A música quase sempre oiço, o livro nem sempre calha abrir. Mas ontem calhou. É um que teimosamente ainda anda comigo. Digo teimosamente porque nos últimos tempos tenho tido muito pouco tempo livre. E pouco me tem dado para ler. Mas sempre vou arranjando uns bocadinhos. Bem, mas esse título é "Pensei que o meu pai era Deus". (Apesar de o conteúdo não ter nada a ver, que frase apropriada para a minha vida actual. Ás vezes gostava que fosse, bolas) Bem, o livro basicamente pretende ser um resumo, digamos assim, de vidas e de pessoas dos EUA. A ideia começou com um programa de rádio, em que as pessoas iam contando episódios caricatos das suas vidas. E foram tantos os episódios, que a coisa deu em livro. Como em tudo, há alguns que passam despercebidos. Outro NÃO. Numa das curvas e contra-curvas da Serra d'Aire e Candeeiros, no meio de um desses episódios, li qualquer coisa neste sentido: O sorriso é algo com que mais facilmente duas pessoas se aproximam. A ideia é esta, mas dita com muito mais graça :) E eu fiquei a pensar nisto... É mesmo verdade, não é?




Um dos meus episódios caricatos, através do qual me identifico em pleno com esta frase é que me lembro do exacto momento em que o meu sorriso se cruzou com o teu, numa plenitude que me faz vibrar ainda hoje, ao recordar. Temo que essa vibração é hoje igual à que senti na altura, já lá vão? 4 anos...É algo tão profundo, e que eu, conscientemente ou não, incrustei na minha pele, que não consigo explicar racionalmente. Mas é verdade. Magoa? Claro que sim. Dá esperança? De quê? Só se for de um refúgio nessa lembrança, e em todas as outras que se lhes seguiram. Esperança de que o tempo não tenha continuado a correr e de que eu ainda lá estou no passado, ao pé de ti. E de que o teu "vai-te habituando" [dito noutro contexto, que de certeza absoluta não te lembras - mas eu lembro] me entrou no ouvido com uma doçura tão doce que, sinceramente pensei que finalmente tinha encontrado "the one". E encontrei, de facto, nunca tive dúvidas e continuo a não ter, mas o destino traçou outro caminho.




Gosto de misturar desabafos parvos no meio de palavras inspiradas. Essa inspiração, és tu que me dás. E aqui vai: caraças...




A selar este desabafo, fica uma frase belíssima da Maria Gadú: "O apego não quer ir embora, diaxo, ele tem que querer". Podes ouvi-la? (não é verdade)





http://www.youtube.com/watch?v=sID-p2pt7zs

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