terça-feira, 6 de abril de 2010

Jerusalém, Mia Couto

Ontem à noite, já bem de noite, comecei a ler "Jerusalém" do Mia Couto. Depois da contracapa do livro e daquelas notas sobre o autor e da obra em concreto, fiquei já conquistada. Deixei somente 40 páginas lidas, porque o cansaço venceu-me, mas a história promete. E prometeu logo no início inicial. Logo a seguir ao índice, este poema da cara Sophia.

A primeira quadra é minha.

"Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.

[...]
E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.

A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo éo rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo."

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