segunda-feira, 25 de junho de 2012

Psicologia

Depois de ter inventado umas quantas coisas para não chegar tão depressa a casa (ao que uma pessoa chega.....), mesmo a terminar de parar o carro e uma visão infernal: o meu gato branco jazia ali mesmo.... Dezenas de gatitos e gatitas que foram passando "pelas minhas mãos", nascendo no meu quarto e vão-se indo aos poucos e poucos. Raros foram aqueles que vi já defuntos (e ainda bem). Julgo que a maioria acaba por se perder ou ser caçado algures no meio do mato. Mas este vi... E claro que não o ia deixar ali. Com baba e ranho à mistura, lá enterrei um meu bichanito, já uma pedra de gelo :( antes da terra, cobri-o de ervitas para ficar mais quentinho... Deixei-lhe ainda uma rosita perfumada. E pronto, agora já só tenho 2. E nem vi ainda a mãe Lira. Espero que esteja bem. Afeiçoamo-nos aos animais, e em particular eu, no meu contexto de vida, e depois é isto. Uma tristeza pegada :((( Valham-me os que ainda estão comido: Hoje fui generosa com o fiambre que trouxe do supermercado :)

E assim a vida continua. Minutos depois, já eu tinha dado uma tostadela numa morcela que acompanhei com um limonada caseira feita bem à pressa, mas que caiu divinalmente. E folheando uma revista de gajas, eis o artigo "Mais vale mal acompanhada do que só", do qual retiro 2 excertos. Embora por outras palavras, nada que nunca me tivesse passado pela cabeça....

"Para umas mulheres, é um contra-senso. Para outras, faz todo o sentido. Com medo da solidão, preferem envolver-se em relações sem estar apaixonadas do que ficar sozinhas."

Pois é, temos aqui um caso bicudo....

"O futuro das relações tem tudo a ver com a forma como estas acolhem, recebem e transforma os afectos (...) Cada vez que nos aproximamos mais de alguém, a forma como nos vamos sentir e processar tudo o que se está a passar, tem como base um modelo que interiorizamos na infância e que, nesse sentido, tornou-se intrapsíquico."

Sooooo true.....

Quantas e quantas vezes não pensei e disse que a experiência que fui tendo ao longo dos anos na minha não-família matou bem rente a minha habilidade para estabelecer relações afectivas com o sexo oposto? E sim, de forma perfeitamente consciente mas, simultaneamente destruidora, culpo quem me fez passar por isto, sem ter a noção do inferno que existe dentro de mim. (não desfazendo a paz que busco e que encontro também cá dentro, felizmente)

Sem comentários: