segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Para o Eça (com 2 dias de atraso)

Eça,

Há minutos tinha aqui escrito um pequeno testamento sobre ti, sobre a tua vida e sobre a tua perda, mas a Net foi abaixo e perdi a minha escrita.

De qualquer modo, aqui fica o sumo do texto.

Fez no dia sábado 6 meses que te perdi. Tenho MUITÍSSIMAS saudades de ti. Da paparoca que partilhava contigo, dos passeios que dávamos, dos pauzitos que te ensinava a apanhar, da AMIZADE e do RESPEITO que tiveste por mim, da IMPONÊNCIA da tua presença. O dia 5 de Junho foi muito triste para mim. Chorei muito a tua ausência. Ainda a choro hoje. Alguém tinha de o fazer, mas como me custou nesse dia percorrer a estrada à tua procura, para te enterrar. Como dava passos incertos, com medo de te ver, de te encontrar ferido, maltratado. Visivelmente não estavas muito, mas estavas como eu nunca te tinha imaginado: MORTO.

Enetrrei-te à sombra daquele sobreiro no quintal. Com os teus pauzitos de que tantos gostavas e cobri-te com flores também, para te perfumar. Como naquele dia de Verão, em que te dei banho com um champô de côco, lembras-te?! Como estavas perfumado!!! E lindo!!!!

Agora, tenho-te na minha memória Eça (dei-te esse nome, por gostar muito do Eça de Queirós. Antes de vires ter comigo, já estavas baptizado!). OBRIGADA por teres sido meu amigo e meu companheiro fiel e DESCULPA não ter ter deixado comer o último bocado de bolo que estava em cima da mesa naquele dia de Verão... E também nunca te ter chegado a levar à praia...

Fica para sempre comigo aquela corrida libertadora que deste no cimo da serra, quando te levei a passear, aquele valente tralho que me fizeste dar (quando eu fui correr e tu querias competir comigo e meteste-te no meio das minhas pernas. Fiquei toda arranhada, bolas) e a últimafestinha que te fiz, na escada onde tantas vezes me ajudavas a comer a maçã a seguir ao almoço ou onde compartilhava contigo alguns tremoços, durante a leitura matinal de sábado do jornal.

Onde quer que estejas Eça, sê feliz. Eu sou um bocadinho menos sem ti amigo.

A tua,

Rit'Eça

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