quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Recordar é viver

Ontem e hoje, fui fazer trabalho de campo, de câmara de filmar e tripé em punho. E nessas actividades que acompanhei estiveram professores da MINHA escola (estudei noutras, mas a escola de Ansião, foi verdadeiramente a MINHA escola, desde o 5º ao 12º ano, 8 anos, portanto). Bem, estiveram então alguns daqueles professores que nunca irei esquecer, por um episódio ou outro, e de quem sempre me vou lembrando. A professora Elvira, de Moral, que julgo me ensinou a humildade e a preocupação com os outros; a professora Manuela Morais, de Português, que me ensinou a continuar a gostar de ler, escrever e falar bem e que ser ousado qb não faz mal a ninguém; o professor Jorge, de Psicologia, que me ensinou o valor de saber estar, "mergulhado" entre os outros, mas destacado na postura; o proefssor Rui Rosa, de Ciências da Natureza, que me ensinou (ainda me lembro a sala em que o ouvi falar disso, no 5º ano!) que a sopa é como um forro para o estômago! Também me ensinou o valor da simpatia. Podia falar noutros, mas estes são os que continuam por Ansião. Mas ainda não acabei: na actividade de hoje estava também o professor Mário Miguel, de Educação Física (talvez tenha sido ele que mais me incutiu, sem o saber talvez, o gosto pelo desporto, pelo movimento, pela actividade. Como eu me lembro e como eu ficava entusiasmada com as demonstrações de ténis com que ele de quando em vez nos brindava! Também eu hoje, porque na maioria das vezes não tenho companheiro/a, jogo contra a parede!!! E ele, tal como os outros, fisicamente continuam quase iguais, algumas peças de roupa que vestem, também vestiam na altura. Os óculos e outros adereços, etc. Iguaizinhos a si mesmos! Há largos meses, um outro professor que também me deixa muita saudade, o professor Parracho, de Química/Física, decidiu pôr fim à vida. ( que saudades do entusiasmo que nos transmitia com os comboios de equações químicas!!!) Juntamente com alguns colegas da minha "fornada" fomos ao funeral. E o professor Mário Miguel também lá estava. Com o seu fato de treino meio azulado e o seu casaco escuro de cabedal (ou algo do género). Quem não o conhecesse, a este último, olharia para ele e diria/pensaria: não tinha outra roupa para trazer ao funeral. Pois eu digo: em termos "vestimentais", foi a mais bonita homenagem que lhe poderia ter feito!

Dei este título ao post de hoje e termino-o da mesma forma: RECORDAR É VIVER :)

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