A morte é, para mim, o mais insondável e profundo mistério da vida. O que acontece aos que vão, o sofrimento íntimo dos que lhes são mais chegados, a comoção inerente a todo o ritual (que, também na minha opinião, no caso do Cristianismo, são imensamente dolorosos).
Hoje foi a sepultar mais um camarada dos BV. Na casa dos 50 anos. Algo repentino, que pode acontecer a qualquer pessoa, em qualquer lugar.
O som choroso da sirene é... de arrepiar a alma. Num espaço de... 5 meses talvez, é o terceiro. A proximidade não era mais que muita, mas era um camarada, que sempre sorria quando apertávamos a mão.
Deixa dois filhos, rapazes já criados, ou melhor, na recta final da criação. E uma mulher, que caminhava amparada por mãos amigas, de cabeça erguida, mas com um olhar de bradar aos céus.
Minha nossa, isto toca-me mesmo fundo. E está muito fresco. Por isso mais sentimental. Um desabafo virtual, necessário.
É um chavão, mas... tentemos nós que por cá ficamos valorizar a vida, valorizar as pessoas e sermos felizes, fazendo felizes os outros.
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